Sindicato contesta números e afirma que o movimento deve crescer nos próximos dias
O segundo dia da greve dos professores da rede pública de ensino de Santa Catarina teve atividades praticamente normais na maioria das escolas e, segundo o governo do Estado, adesão de apenas 2,5% dos educadores. Diante do cenário, a Secretaria de Educação segue ajustando o novo plano de carreira do magistério, que deve ser apresentado nos próximos dias diretamente às direções das unidades.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública (Sinte/SC), que confirmou a paralisação em assembleia na terça-feira, não reconhece as negociações e contesta os números oficiais. Mesmo sem ainda ter um balanço parcial, a entidade afirma que a mobilização está crescendo.
Conforme o secretário de Educação, Eduardo Deschamps, as orientações continuam sendo para que as escolas mantenham o máximo possível a rotina regular, com adequações de horários e execução de outras atividades para compensar eventuais adesões de professores.
– Quanto à negociação, o que estamos fazendo é usar os meios oficiais do governo que sempre usamos. O que acontecia é que antes tínhamos o canal adicional do sindicato, que deixa de existir a partir do momento que ele decreta a greve – diz Deschamps.
Secretária de Comunicação do Sinte, Claudete Mittmann afirma que o movimento está aumentando, mas explica que um relatório preliminar será divulgado apenas na próxima segunda ou terça-feira. Isso porque o sindicato contabiliza as paralisações em cada escola e tem um trâmite burocrático para escolher comandos locais e regionais da greve, que repassam números e informações.
– O que é certo é que, diferentemente de 2012, temos um fato agora que é a retirada de direitos. A categoria está muito unida e o governo está subestimando o movimento – declara Claudete.
IMPACTO MÍNIMO NAS AULAS EM TODO O ESTADO
Na manhã de ontem, o Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis, seguia tendo atividades com os alunos. No Litoral Norte, a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) informou que 84 profissionais da região, dos cerca de 3 mil atuantes, pararam e três escolas tiveram as atividades paralisadas parcialmente em Itajaí e Camboriú.
Em Blumenau, as aulas seguiram normalmente ontem. Na regional de Joinville foram 99 professores grevistas, de um total de 3,3 mil profissionais ativos e inativos da região.
Diário Catarinense