O Governo de Santa Catarina lançou, na quinta-feira (03), o programa Estrada Boa Rural, com previsão de R$ 2,5 bilhões em investimentos para a pavimentação de 2.500 quilômetros de estradas no interior até 2026. O anúncio foi feito pelo governador Jorginho Mello durante evento em Joaçaba, no Meio-Oeste, que reuniu 202 prefeitos e 114 vice-prefeitos de todo o estado.
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Interior como prioridade
Segundo o governador Jorginho Mello, os critérios de escolha das vias a serem asfaltadas devem considerar a presença de escolas, empresas e cooperativas, bem como o volume de tráfego e o impacto econômico local.
Com os novos trechos, o estado pretende mais do que dobrar a extensão das rodovias municipais pavimentadas, passando de cerca de 2.000 para 4.500 km, um aumento de 126%.
Como funciona o programa
O investimento será dividido igualmente: R$ 1,25 bilhão em convênios diretos com os municípios e R$ 1,25 bilhão via financiamento com as agências BRDE e Badesc. O estado bancará os juros e correções, com um ano de carência e quatro anos para pagamento. A contrapartida exigida das prefeituras poderá ser cumprida com recursos próprios, financiamentos ou bens e serviços.
As pistas seguirão padrão com até sete metros de largura, duas faixas de rolamento e acostamento. O custo estimado é de R$ 1 milhão por quilômetro.
Critérios e adesão
Cada município poderá apresentar dois projetos, um em 2025 e outro em 2026. Para se habilitar, as propostas devem conectar comunidades a vias já asfaltadas, atender propriedades ou empresas rurais e demonstrar viabilidade técnica e econômica.
De acordo com o secretário de Estado da Infraestrutura, Jerry Comper, o programa foi pensado para ser acessível e eficiente. Já o secretário adjunto, Ricardo Grando, destacou que os prefeitos receberão um manual técnico e poderão enviar os projetos por site, e-mail ou WhatsApp, agilizando o processo de adesão.
Impacto esperado
Entre os benefícios previstos pelo Governo do Estado estão:
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Aumento da produção agrícola e da renda familiar rural;
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Redução no tempo de deslocamento e nos acidentes de trânsito;
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Acesso ampliado a serviços públicos como saúde e educação;
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Qualidade de vida elevada, com estradas mais seguras, duráveis e sustentáveis.
Além disso, a pavimentação será feita com emulsão asfáltica ambientalmente adequada, respeitando critérios técnicos e ambientais.