O projeto “Lidere” de mobilidade acadêmica, promovido pelo Instituto Politécnico de Beja, em Portugal, oportunizou ao aluno Amara Bangura, um intercâmbio para Santa Catarina. O jovem conheceu técnicas de melhoramento genético, diversidade do banco de germoplasma e visitou produtores e viveiristas de citros no litoral e no Alto Vale do Itajaí. Amara é natural de Guiné-Bissau, país da África Ocidental.
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Guineense esteve no Alto Vale conhecendo um viveiro
O guineense Amara Bangura está desde março em Lages, onde realiza trabalhos no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Também conheceu a Estação Experimental da Epagri de Itajaí e recebeu acompanhamento da pesquisadora Luciana Costa.
No dia 11, conheceu a UDESC de Joinville para saber mais como melhorar a germinação de sementes de citros pelo projeto Porta-Enxertos. Seguiu para Tijucas para conhecer um dos maiores produtores de tangerina do estado.
Já no Alto Vale, a visita ocorreu no dia 13, em Rio do Oeste, na produção de mudas do viveiro Depiné. A propriedade é um caso de sucesso em sucessão familiar e, atualmente, quem cuida do viveiro é Barbara Vasselai Depiné.
Além disso, produtores de Celso Ramos e Anita Garibaldi também responderam questionários de Amara.
Diferenças na produção
Amara contou à imprensa da Epagri que, em Guiné-Bissau, não é comum a produção de citros a partir de mudas, mas sim de sementes. Além disso, lá existe apenas uma variedade comercial de laranja.
O interesse no estudo pelos citros é para fortalecer o cultivo da fruta, que perde espaço para o caju no país. Atualmente, 70% da renda dos agricultores de Guiné-Bissau vem do cultivo de castanha de caju.
Levando em consideração que o cajuzeiro começa a produzir em dois anos, enquanto as laranjeiras começam a dar frutos a partir dos oito a dez anos, o objetivo de Amara é conhecer as tecnologias aplicadas no Brasil para acelerar a produção e implantar os conhecimentos em sua casa.