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Menina que se jogou de prédio em Rio do Sul segue em coma induzido

Menina que se jogou de prédio em Rio do Sul segue em coma induzido Foto: Helena Marquardt / DAV

A menina de 11 anos que se jogou do quarto andar de um prédio em Rio do Sul depois de discutir com a mãe segue internada no Hospital Regional Alto Vale. O acidente aconteceu no sábado por volta das 18h30 no Residencial Augusto Fensky no bairro Rainha. A criança, que permanece em coma induzido, teve traumatismo craniano e quebrou duas costelas e a clavícula.

Segundo a mãe da menina, que preferiu não se identificar para preservar a identidade da criança, ela acredita que o pior já tenha passado, já que agora o quadro de saúde é considerado estável. “Agora a médica está preocupada com sequelas o que para nós é o de menos. Deus já permitiu que ela vivesse, porque são mais de 10 metros de altura e ela caiu de cabeça”, falou.

A mulher lembra que havia tido uma discussão com a filha e em seguida a menina se trancou no banheiro. “Todas as janelas tem grade, menos a do banheiro. Para segurança deles, antes de nós nos mudarmos para cá a primeira coisa que fizemos foi colocar as telas para não ter perigo, mas ela acabou pulando da janela do banheiro que é alta e ela teve que fazer um pouco de esforço.”

Durante a queda, a menina ainda bateu em outra janela do andar de baixo e depois atingiu o chão, caindo em cima da tampa de uma fossa. No domingo pedaços da janela e cacos de vidro ainda estavam pelo chão.
A mãe lembra que estava na sala quando escutou o barulho da janela quebrando e bateu na porta do banheiro,

mas ninguém respondeu. “Falei para o meu marido estourar a porta e ela não estava. Saímos correndo e chegamos e ela estava morta, até a boca estava roxa. Peguei ela nos meus braços e fizemos oração e Deus permitiu que o espírito dela voltasse. Para mim ela é um milagre”.

Sobre os motivos que teriam levado a menina a se jogar a mãe preferiu não comentar, mas garantiu que a filha sempre teve um comportamento normal, embora não gostasse de morar no Residencial Augusto Fensky. “A gente sabe que isso aqui para ela é um aperto, uma prisão porque ela sempre foi acostumada a estar solta. Eu sou evangélica e temos uma visão diferente da maioria das pessoas. Para a maioria é depressão, mas não vemos dessa forma”.

A menina vivia no apartamento com a mãe, o padrasto e outros três irmão de quatro, seis e oito anos. “Sou uma mãe muito parceira e brigo com os outros por causa dos meus filhos. Vou atrás se acontece algo, não aceito que ninguém pise ou maltrate eles. Mas claro que cobro os meus filhos também porque se eu não cobrar agora amanhã será mais difícil e não pretendo mudar porque quando eles crescerem saberão que foi para o bem”, concluiu.
A Policia Civil já instaurou inquérito para investigar o caso.

Helena Marquardt / DAV

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