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Uma semana após forte chuva, seis mil pessoas continuam desalojadas em SC

Uma semana após forte chuva, seis mil pessoas continuam desalojadas em SC Enchente em Mafra deixou 2,5 mil moradores desalojados ou desabrigados / Foto: Rodrigo Philipps / Agencia RBS

Nível dos rios diminuiu, mas possibilidade de novas chuvas ainda preocupa

Em toda Santa Catarina, seis mil pessoas ainda permanecem desalojadas após as chuvas que atingiram municípios do Planalto Norte e Vale do Itajaí há uma semana. No total, 400 mil foram afetadas pelas cheias dos rios e aumento das chuvas.

A Defesa Civil divulga que os rios do Planalto Norte gradualmente diminuem o fluxo, o rio Iguaçu verte muita água, e as cidades de Rio Negrinho e Guaramirim mantêm o decreto de calamidade pública. Com a volta das chuvas do último fim de semana, o alerta sobre o nível dos rios permanece na região, de acordo com a Defesa Civil. 

Entre as rodovias, a BR-208, na Serra de Corupá, continua totalmente interditada no km 93. Na mesma estrada, o km 269, em Canoinhas, estava liberado até a noite deste domingo apenas para passagem de caminhões.

A preocupação com novos alagamentos permanece. A previsão do tempo da Epagri/Ciram indica chuva nesta segunda e terça-feira no Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul e Litoral Norte. A quarta-feira promete amenizar a situação do Estado com o aparecimento do sol.

Enquanto o nível dos rios baixam, os principais órgãos envolvidos no atendimento dos atingidos — Vigilância Sanitária e Epidemiológica — alertam para a prevenção de doenças que chegam com as cheias. À Vigilância Sanitária, explica a diretora do Departamento, Raquel Bittencourt, cabe a veiculação dos materiais informativos. Neles se ensina a jogar fora produtos submersos na água ou na lama. Também há informações sobre a limpeza da casa e distribuição de hipoclorito de sódio para desinfetar os poços artesianos.

Já a Epidemiológica orienta os postos de saúde sobre os sintomas das doenças e tratamentos. O diretor do órgão, Eduardo Macário alerta sobre o risco de animais peçonhentos — aranhas, cobras e escorpiões — que também perdem suas casas e procuram abrigo em lugares secos. Outro acidente possível é o curto-circuito de equipamentos que foram molhados e os choques elétricos.

O Ministério da Saúde mapeou oito contaminações comuns às cidades alagadas, todas podem matar. Leptospirose, hepatite A, febre tifoide, dengue e até mesmo gripe estão entre elas. Estas e outras enfermidades vitimam cerca de 28 mil brasileiros por ano. A Organização Mundial da Saúde, que divulgou o número, informa que o principal motivo para as infecções são as inundações, mas não é possível ignorar o saneamento básico, que apesar da riqueza do Brasil, segue o modelo dos países pobres.

DIÁRIO CATARINENSE

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