Justiça

Tribunal do Júri de Bom Retiro julga acusados pela morte de homem que se recusou a testemunhar a favor de integrante de facção

O crime ocorreu em agosto de 2022, quando a vítima foi atacada duas vezes.

Tribunal do Júri de Bom Retiro julga acusados pela morte de homem que se recusou a testemunhar a favor de integrante de facção Foto: Imagem Ilustrativa

Na última semana, o Tribunal do Júri de Bom Retiro condenou dois homens e absolveu um terceiro, acusados de envolvimento no homicídio de um morador da cidade que se recusou a testemunhar a favor de um integrante de facção criminosa. O caso, denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), envolveu homicídio e tentativa de homicídio, ambos qualificados por motivo torpe e uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima.

O crime ocorreu em agosto de 2022, quando a vítima foi atacada duas vezes. No primeiro ataque, ele sobreviveu a uma agressão nas imediações de uma boate na BR-282. Contudo, cinco dias depois, enquanto ainda se recuperava dos ferimentos, foi assassinado a tiros em casa, na presença das três filhas e da ex-companheira.

No julgamento, duas Promotoras de Justiça atuaram: Bruna Vieira Pratts, titular da comarca, e Mirela Dutra Alberton, do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI). Durante a sessão, ambas apresentaram provas das investigações e refutaram a defesa dos réus, que tentava minimizar a gravidade e o impacto social do crime.

Ao final, o júri condenou dois dos réus. Um deles recebeu a pena de 25 anos e oito meses por homicídio e tentativa de homicídio, enquanto o outro foi sentenciado a 12 anos, cinco meses e 10 dias por tentativa de homicídio. Ambos iniciarão o cumprimento das penas em regime fechado, sem possibilidade de recorrer em liberdade. O terceiro réu foi absolvido.

A Promotora de Justiça Bruna Vieira Pratts destacou: "Um homem teve a vida arrancada porque se recusou a defender o autor de um homicídio, e suas três filhas terão que conviver com essa dor pelo resto da vida. Só a lei e a justiça podem enfrentar esse tipo de situação para que a violência não volte a triunfo.

 

Por: João Sérgio/ Fonte: MP/SC

 

 

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