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TJSC suspende júri de homem acusado de assassinar família em Alfredo Wagner

Nova data para julgamento ainda não foi marcada.

TJSC suspende júri de homem acusado de assassinar família em Alfredo Wagner Mãe, filho e o pai foram encontrados mortos no interior de Alfredo Wagner (Foto: Arquivo Pessoal)

 

O júri popular do homem acusado de matar três pessoas da mesma família em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, foi suspenso pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A decisão proferida em 19 de fevereiro atendeu pedido da defesa de Arno Cabral Filho, 44 anos, em cumprimento do prazo de recursos, que ainda não havia acabado. O julgamento estava marcado para 26 de março e não tem nova data prevista.

Os advogados do réu afirmaram que a data para o júri foi marcada de forma "precipitada", no mesmo dia em que um dos recursos foi julgado:

— A gente já protocolou os embargos de declaração e esperamos que se respeite o andar do processo, que a defesa tenha acesso a todos os meios de recurso possível antes que seja mandado à júri — disse Diego Rossi Moretti.

O triplo homicídio

Três pessoas da mesma família foram assassinadas no dia 9 de agosto na área rural do município de Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis. Eles foram encontrados mortos, pouco tempo após os assassinatos.

De acordo com a Polícia Civil, Loraci Mathes, 50 anos, e o filho dela, Mateo Tuneu, 8, foram os primeiros a ser atacados pelo autor do crime. Os dois morreram dentro da residência onde a família morava. Já o pai, Carlos Alberto Tuneu, 67, foi assassinado a caminho de casa e foi o último a morrer.

O inquérito policial afirma que a morte da criança ocorreu para "assegurar a impunidade de outro crime", que seria a morte da mulher, já que o filho teria presenciado a mãe morrer. A família foi atingida com pancadas na cabeça, segundo a denúncia, desferidas com objeto contundente.

A Polícia Civil apurou que o objeto utilizado para cometer os crime foi uma barra de ferro, de aproximadamente 1kg, adquirida momentos antes dos assassinatos.

Denúncia

Segundo a denúncia do Ministério Público de SC, o comerciante preso em flagrante pela suposta autoria do delito, é acusado por triplo homicídio qualificado: por motivo fútil — já que as mortes teriam sido motivadas por uma dívida que o denunciado tinha com a família —, meio cruel — pela forma como a família foi assassinada —, e por dificultar defesa.

Defesa

À época do crime, a defesa de Arno Cabral Filho se manifestou sobre a prisão e acusação do cliente através de nota. Confira a nota na íntegra:

"A defesa até então não tinha acesso ao inquérito, entretanto ficamos surpreendidos com a velocidade que fora concluído um inquérito de tamanha envergadura, estamos analisando a denúncia e o inquérito. Buscaremos a verdade real dos fatos para que seja aplicada a mais clara justiça ao nosso cliente".

 

Por Clarissa Battistella

NSC Total

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