Rio do Sul está entre as dez melhores cidades com menos de 100 mil habitantes do Brasil para a terceira idade viver de acordo com pesquisa divulgada em parceria entre o Instituto de Longevidade Mongeral e a Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP). O Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade, criado para esta pesquisa, traça o perfil da população com 60 anos ou mais em 498 cidades pesquisadas no país, sendo classificadas em cidades de pequeno porte, com até 100 mil habitantes, e grande porte, acima de 100 mil.
Na classificação, Rio do Sul aparece como líder entre as cidades de Santa Catarina e nona colocada em todo o país. A pesquisa foi divulgada com exclusividade pelo Jornal Nacional da Rede Globo no último sábado e mostrou inclusive um dos motivos pelo qual Rio do Sul está presente no ranking. Idosos participam de atividades físicas como o vôlei câmbio, atividade desenvolvida no ginásio Artenir Werner exclusivamente para a terceira idade.
O ranking analisou quase 60 indicadores de diversas áreas como cuidado de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e trabalho, cultura e entretenimento e indicadores gerais. Em itens de qualidade de vida e longevidade, Rio do Sul aparece sempre como a melhor ranqueada no país. Tanto é que o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), mostra Rio do Sul como a maior expectativa de vida do país, com 78,61 anos.
A evolução na qualidade de vida da população não é um trabalho imediato e nem depende apenas do poder público. Mas ações implantadas contribuem para o fortalecimento de programas refletem em melhores indicadores principalmente em saúde, bem-estar social e educação.
Há mais de 10 anos, Rio do Sul implantou um programa de entrega de medicamento de uso contínuo gratuitamente para idosos. E não basta apenas entregar remédios. Mas sim orientar o idoso de como deve utilizá-lo, tirar dúvidas e que a unidade de saúde esteja pronta para atendê-lo quando necessário. Nisso, a cidade também evoluiu. Em uma década, a cobertura de atenção básica subiu de 57% para 98,4% da população, de acordo com o IBGE.
As internações por doenças pulmonares diminuíram em torno de 50% na década passada. Há menos pessoas com hipertensão e diabetes entre os idosos. Aliás quem tem estas doenças pode procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa pois pode participar de grupos terapêuticos com orientações de especialistas. Há caminhadas para a terceira idade programadas pelas equipes de saúde dos bairros. Basta buscar informação, marcar na agenda, colocar um tênis confortável e participar.
Pilares que podem fortalecer a qualidade de vida
Os dados pesquisados tem índices atualizados dia a dia ou até mesmo mais antigos. O último PIB e PIB Per Capita de Rio do Sul divulgado pelo IBGE, por exemplo, é de 2014. Mas há itens mais atuais como habitação, beneficiários do INSS, níveis de escolaridade, habitantes por residência e até quantos idosos dividem sua casa com parentes mais jovens ou dependem de atendimento de outras pessoas para sobreviverem.
Sair de casa, ver os amigos, interagir com a sociedade, é um fator positivo. E “balançar o esqueleto” envolvendo-se socialmente é ainda mais positivo. Os grupos de convivência existem para isso. Não só para dançar, mas para produzir, pensar, discutir, conversar e ainda contribuir com a sociedade. Aprender a usar o computador, fazer artesanato, participar das aulas de ginástica e debater suas necessidades também é bem-estar social. Se feito em parceria com os pilares: social, educação, saúde, cultura e esporte, melhor ainda.
Há ainda o atendimento prioritário, seja na saúde ou social. O trabalho de fortalecimento de vínculos familiares, o cumprimento de direitos adquiridos e profissionais capacitados para o atendimento contribuem para a busca de melhores condições de vida. O número de psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais na cidade é considerado um dos melhores. É importante ressaltar que idosos em boa condição de vida significa, também, alívio para familiares que convivem próximos. É um benefício que se multiplica.
Ainda há o que melhorar
Se isolada, a população com idade entre 60 e 75 anos de idade está ainda melhor ranqueada, subindo para o 3º lugar no país. Acima de 75 anos de idade, a classificação cai um pouco, mas para um nível não menos descartável: sétimo lugar.
Mas apesar dos dados serem positivos e darem um panorama de que Rio do Sul é uma cidade atrativa para os idosos, ainda é possível evoluir tanto no poder público como em situações gerais que não envolvem apenas a prefeitura. A cidade nunca teve um geriatra no quadro de atendimento do SUS, por exemplo, fato que já está sendo corrigido pela Secretaria de Saúde com a contratação de profissional que começa a atuar nas próximas semanas.
Nem todos os Idosos tem acesso ä internet. Mas é um fato que não depende apenas da prefeitura, mas também de interesse pela ferramenta de educação, cultura e interação social. Isso também representa bem-estar. A renda da população idosa em Rio do Sul é considerada uma das mais altas no ranking elaborado pelo instituto e pela FGV. Mas na outra ponta, a quantidade de idosos com baixa renda também não pode ser descartado.
A cobertura dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), também é algo previsto para crescer. É preciso trabalhar a prevenção das vulnerabilidades sociais e o fortalecimento de vínculos em uma área maior na cidade.
A educação de jovens e adultos é outra meta para evoluir nos próximos anos, já que em anos passados, o índice de idosos sem alfabetização ou ensino fundamental era próximo de 2% da população. A secretaria de Educação buscou novo credenciamento para implantação de programa pois necessita novamente tornar-se política pública.
A pesquisa completa pode ser encontrada no link: http://idl.institutomongeralaegon.org/
Matéria completa do Jornal Nacional: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/03/pesquisa-aponta-melhores-cidades-brasileiras-para-viver-apos-os-60-anos.html
Assessoria Prefeitura de Rio do Sul