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Propriedades da Grande Florianópolis são vistoriadas em operação contra farra do boi

Após ação em Governador Celso Ramos, Polícia Militar deve intensificar o combate à prática criminosa nos próximos dias

Propriedades da Grande Florianópolis são vistoriadas em operação contra farra do boi Polícia Militar / Divulgação

Policiais militares encontraram diversas irregularidades durante a fiscalização de oito propriedades rurais nesta sexta-feira (1º) em Governador Celso Ramos, município da Grande Florianópolis. O objetivo era verificar a procedência do gado e tentar inibir a "farra do boi". A operação foi feita em conjunto com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Entre as oito visitas, os policiais interditaram uma propriedade, multaram outras duas e notificaram mais três. Foram encontradas 27 cabeças de gado irregulares, sendo que 11 foram apreendidas. A PM também apreendeu um javali e quatro java-porcos por conta de criação proibida.

Os policiais ressaltam que ações assim são importantes para manter a qualidade da carne, já que uma possível contaminação pode prejudicar a economia de Santa Catarina, único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação. Além disso, a prática da farra do boi é crime ambiental pela Lei nº 9605/98, além de uma desobediência contra autoridades policiais.

O ritual da farra do boi é comum no Litoral de Santa Catarina e geralmente justificado com aspecto da cultura açoriana. Na prática, o boi é solto em áreas públicas e o animal é obrigado a correr atrás dos participantes até a sua exaustão. É comum que o boi se machuque no asfalto e em calçadas, assim como pode ferir as pessoas que participam da ação. O boi geralmente é sacrificado e a carne é dividida entre as pessoas que pagaram pelo animal.

Na última quinta-feira, o Governo do Estado começou uma campanha contra a farra do boi, destacando que serão criadas ações para intensificar o combate a esse crime. Dessa forma, é esperado que a Polícia Militar realize outras operações como esta do 24º Batalhão, de Biguaçu, nos próximos dias para inibir a prática.

Por NSC Total

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