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PENA DE MORTE: Indonésia mantém execuções

PENA DE MORTE: Indonésia mantém execuções Foto: Divulgação / Reprodução Internet

Apesar das contestações lideradas pela ONU, Jacarta reafirma que irá executar oito estrangeiros por tráfico de drogas, entre eles Rodrigo Gularte

O governo da Indonésia informou ontem que está determinada a avançar com a execução de oito estrangeiros – entre os quais o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, de 42 anos – condenados por tráfico de droga, apesar da contestação mundial liderada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

Sábado as autoridades indonésias notificaram os oito estrangeiros – da Austrália, Nigéria, do Brasil e das Filipinas – de que as execuções, por um pelotão de fuzilamento, ocorrerão em breve. Um preso indonésio também será executado na mesma ocasião. A procuradoria-geral da Indonésia declarou que o francês Serge Atlaoui, também condenado à morte por tráfico de droga, foi retirado desta lista de execuções iminentes depois de muita pressão do governo francês.

Os prisioneiros já foram transferidos para a prisão de segurança máxima de Nusakambangan, onde ficarão até serem executados. O governo de Jacarta informou, no sábado, que as execuções poderiam ocorrer dentro de três dias. Os governos estrangeiros envolvidos já pediram à Indonésia clemência, mas os pedidos foram negados.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, “apelou ao governo indonésio para não executar, como anunciou, os 10 prisioneiros que se encontram no corredor da morte pelos crimes alegadamente ligados à droga”, de acordo com comunicado divulgado ontem pela organização.

“Segundo a legislação internacional, em países onde a pena de morte está em vigor, a lei apenas deve ser aplicada em crimes graves, como mortes com premeditação”, diz o texto, acrescentado que “as infrações ligadas à droga não estão normalmente incluídas nesta categoria de crimes, muito graves”.

Ricky Gunawan, advogado de Gularte, afirmou à rede BBC que ele rejeitou ontem fazer seus três últimos pedidos antes da execução. Gularte foi preso em 2004 no aeroporto de Jacarta, com seis quilos de cocaína em uma prancha de surfe.

Diário Catarinense 

 

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