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Luto no HBJ: Morre aos 99 anos Irmã Aparecida Philippi

Sepultamento ocorreu no domingo em Angelina.

Luto no HBJ: Morre aos 99 anos Irmã Aparecida Philippi Irmã Maria Aparecida Philippi (Foto: HBJ / Divulgação)

O final de semana foi marcado no Hospital Bom Jesus pela despedida à Irmã Maria Aparecida Philippi. Irmã Aparecida que havia completado 99 anos no dia oito de janeiro, faleceu no sábado, 30, vítima de infarto. O sepultamento ocorreu no domingo, 31, no Cemitério das Irmãs Franciscanas de São José, localizado em Angelina.

Irmã Aparecida nasceu em 1917, em Armazém-SC. Era a mais velha dos onze filhos do casal Pedro José Philippi e Militana de Sousa Philippi. Ingressou no Aspirantado em Angelina no ano de 1942 e no dia 02 de fevereiro de 1951 fez a entrega total de sua vida a Deus pela Profissão Perpétua. Teve a graça de celebrar os jubileus de 25, 40, 50, 60, 65 e 70 Anos de Vida Religiosa.

Durante todo o período que dedicou a Vida Consagrada, passou em várias localidades tendo destaque sempre o auxilio e assistência aos trabalhos educacionais e vocacionais da fraternidade. Passou pelas cidades de Angelina, Corupá, Curitiba, Jaraguá do Sul, Florianópolis, Armazem e Ituporanga. Na Capital da Cebola dedicou seus trabalhos no Seminário São Francisco de Assis e na Fraternidade Nossa Senhora das Graças.

No Hospital Bom Jesus Irmã Maria Aparecida Philippi passou seus últimos anos na Ala São José, em tratamento de saúde.

“Lamentamos a partida da Irmã Aparecida, mas com certeza ela deixou um testemunho bonito de chamado vocacional e desenvolveu da melhor  forma possível os diversos serviços que a Congregação lhe confiou”, relatou Irmã Edelir Stupp, diretora do HBJ.

Autobiografia:

Na sua autobiografia Irmã Aparecida relata o modo simples como foi chamada à Vida Religiosa: “desde pequena nutria grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus, ao Imaculado Coração de Maria, a São José e ao Santo Anjo da Guarda. Éramos em 11 irmãos. Sendo eu a mais velha, procurei ajudar meus pais, permanecendo com eles até à idade de 24 anos. Certo dia, quando estava lavando a louça, falando no meu interior com Jesus, lhe disse: Bom Pastor, tu que andas pelo mundo procurando vocações, porque não bates na porta da nossa casa, aqui tem uma jovem que quer ser irmã, mas que não se decide. De repente, soprou um vento muito quente no meu rosto e ouvi uma voz: “filha, chegou a tua vez”. Saí correndo e fui dizer a meu pai que tinha ganhado uma vocação e lhe perguntei se poderia ir para o Convento. Ele prontamente me disse que sim. Chegando ao convento em Angelina, no ano de 1942, procurei ser útil em tudo, mantendo sempre o coração alegre, feliz e agradecido, porque tinha convicção de ter sido chamada pelo Bom Pastor. Logo fiquei Aspirante, Postulante, Noviça e Professa. Nas minhas dificuldades, fixava o olhar no Crucificado e sempre sentia consolo e alegria. Esta comunhão profunda com o Crucificado cultivo ainda hoje. Gostaria de destacar que no período que trabalhei com os Seminaristas em Corupá (1989 a 1999), iniciei uma nova etapa na minha vida. Além de cultivarmos uma vida comum muito saudável, tínhamos a graça de participar todos os dias da Eucaristia. Tínhamos também um bom confessor e orientador espiritual. Nada é tão maravilhoso neste mundo quanto viver em união com Deus e em comunhão com os nossos irmãos e irmãs. Sentia também muita alegria quando encontrava os padres que tinham passado pela escola onde eu havia lecionado por 24 anos. Por tudo, Deus seja louvado. Agradeço a Congregação e as minhas Superioras a oportunidade que me concederam de fazer os Retiros Anuais, os Encontros, os Estudos e Reflexões que me ajudaram no crescimento espiritual, fraterno e religioso. O coração é o lugar onde pulsa a vida que ama, que sofre, que se doa sem reservas. O coração revela o âmago de nosso ser. O coração guarda o segredo daquilo que cultivamos ao longo da vida. Senhor, quero ser tua discípula fiel todos os dias de minha vida, procurando aprender no cotidiano a cultivar a fé até atingir a maturidade espiritual. Gostaria de registram ainda que sou muito feliz como religiosa e quero florir onde o Bom Pastor me plantou: na Congregação das Irmãs Franciscanas de São José. 

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