O homem morreu em pé e encostado em um veículo em Santos, no litoral de São Paulo, pode ter sofrido espasmos momentos antes de morrer. Isso teria causado rigidez precoce e permitido que o corpo permanecesse em pé.
A possibilidade foi apontada pelo médico legista da Associação de Médicos Legistas de São Paulo, João Roberto Oba. A cena apavorante, flagrada na última sexta-feira (7), foi compartilhada na internet por moradores assustados.
O homem estava em uma rua no bairro Vila Mathias, perto da Praça Iguatemi Martins. Moradores que passavam pelo local acionaram a Polícia Militar para atender à ocorrência. Nas imagens que ganharam as redes sociais, é possível ver o homem, de calção e camiseta azul, morto encostado no carro.
Uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atestou a morte. Como não havia indícios de violência, foi determinada a remoção do corpo pelos próprios socorristas.
O caso foi encaminhado para o 4º Distrito Policial de Santos, onde foi registrado como morte suspeita. A causa da morte ainda é investigada.
Médico legista explica
Em entrevista ao G1, o médico legista explicou que, inicialmente, é preciso descartar a possibilidade de uma simulação, ou seja, se ele não morreu em outro lugar e foi levado até ao lado do carro naquela posição.
Ele explica que uma das hipóteses é que possa ter sido um caso de rigidez cadavérica, ou seja, endurecimento dos músculos. Segundo João, o fenômeno inicia a partir de 40 minutos da morte e pode durar até 12 horas. Essa rigidez inicia na cabeça e vai para os pés e em 12 horas o cadáver já está totalmente rígido.
A segunda hipótese apontada pelo legista é a de espasmos na hora da morte. De acordo com João, o homem pode ter tido o que se chama de espasmos fora do período de contratura normal, o que faria com que ele ficasse endurecido precocemente.”
Por Redação ND
ND+