Jéssica Batista, a jovem de 22 anos que foi encontrada enterrada embaixo da casa em que vivia com o companheiro, na terça-feira (7), foi sepultado na manhã desta sexta-feira (10) ás 7h30, no Cemitério Municipal de Ituporanga. Não houve velório.

A família chegou a fazer uma campanha para custear o translado do corpo para a cidade de Ipubi em Pernambuco, porém não conseguiu arrecadar a quantia necessária; cerca de R$ 15 mil reais. O município de Ituporanga e o município de Ipubi não possuem legislação que prevê translado de corpo. Logo, a responsabilidade é da família. 

O crime

A morte de Jéssica Rayara, chocou o Alto Vale e o crime ganhou espaço nos principais meios de comunicação em todo o Brasil. 

O caso de feminicídio foi descoberto após policiais civis encontrarem o corpo dela enterrado embaixo da casa onde morava. A polícia chegou ao local, um dia após os filhos da vítima, de 2 e 5 anos, serem vistos sozinhos na residência, após solicitações de vizinhos. O principal suspeito é o companheiro que está preso temporariamente. 

As crianças estão acolhidas na Associação Albertina Berkenbrock e permanecerão lá até que seja deferida a guarda à família. Os meninos devem ficar sob a guarda da avó materna que mora em Ibupi, Pernambuco. 

A vítima já havia denunciado violência doméstica em 2022

O delegado Fernando Padilha Figueiredo, responsável pela investigação, informou que os dois haviam saído de Pernambuco em 2021 para trabalhar na roça em Ituporanga. 

A Polícia relatou que Jéssica registrou um boletim de ocorrência no ano passado, mas não apresentava lesões visíveis e não havia testemunhas indicadas. Ela foi convocada diversas vezes para prestar esclarecimentos, mas não compareceu em nenhuma dessas oportunidades.

O caso está sendo investigado como feminicídio e a causa da morte ainda será apurada. A Polícia Civil pede à população que informe qualquer informação relevante sobre o caso para ajudar nas investigações.

Por Isabel Caetano/Rádio Sintonia FM