O ex-deputado federal Nelson Goetten deixou a Unidade Prisional Avançada (UPA) de Itapema no fim da manhã desta quinta-feira. Mais magro do que quando foi preso, em 2011, ele pisou fora da prisão pela primeira vez nos últimos três anos.
Goetten falou pouco ao deixar a cadeia. Afirmou que foi feita justiça, mas definiu os anos atrás das grades como “inferno”:
_Você estar mergulhado no inferno e poder sair, o resto é resto _ disse.
A saída de Goetten era aguardada desde quarta-feira à tarde, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou a reclamação da defesa e invalidou as provas judiciais colhidas durante o processo. Com isto, foi expedido alvará de soltura.
A demora em sair da prisão ocorreu porque a comunicação do STJ é feita através de telegrama, que só foi disponibilizado ao juiz de plantão em Itapema na manhã desta quarta.
A assessoria de comunicação do STJ informou que ainda há possibilidade de recurso, tanto à chamada 3ª Sessão, que julga processos avaliados pelas turmas de ministros do Tribunal, quanto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado Roberto Brasil Fernandes, que defendeu Goetten em parceria com a Dalmagro Advogados, disse pouco antes da soltura que não acredita em recurso do Ministério Público porque, em seu entendimento, a anulação das provas anula também o processo.
Goetten havia sido preso em maio de 2011 sob acusações de estupro e favorecimento à prostituição. O Supremo Tribunal Federal (STF) já havia considerado, no fim de abril deste ano, que as provas obtidas pela polícia eram inválidas.
Liberado, Goetten seguiu para a casa da família, em Rio do Sul.
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