Agricultura

Clima e pragas prejudicam safra da cebola e alimento chega mais caro ao consumidor

Em Ituporanga, queda na produção chegou a 20% na safra de 2018.

Clima e pragas prejudicam safra da cebola e alimento chega mais caro ao consumidor Preço da cebola fica mais caro em Santa Catarina (Foto: NSC TV / Reprodução)

 

O clima e pragas prejudicaram a safra da cebola. Com isso, o preço do alimento subiu cerca de 30% para o consumidor. Em Ituporanga, no Vale do Itajaí, um dos destaques do cultivo no estado, a produção caiu 20% na safra de 2018, conforme dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).

 

Prejuízo

O agricultor Hilton Barth, produtor há mais de 20 anos, teve na colheita da safra um prejuízo de 90%. O galpão da propriedade ficou sem estoque. "Começou ali o míldio, que é o mofo, atacou na cebola. Depois, foi piorando. Depois veio piolho, virose junto. Aí praticamente não produzi cebola", contou.

Para esta safra, projetava-se colher 100 mil toneladas de cebolas só em Ituporanga. Porém, por causa de interferências do clima, além de doenças e pragas na lavoura, a produção caiu para 80 mil toneladas, o que pesou no bolso dos agricultores.

"Tivemos algumas propriedades realmente com perdas significativas. Ficou em torno de R$ 20 mil fazer um hectare de cebola, então realmente teve um incremento no custo de produção essa safra", disse o engenheiro agrônomo Volmir Borsatto.

 

Preço

Com a baixa na produção, a procura pela cebola para abastecer o mercado nacional está bem grande, o que fez o preço ficar acima do esperado. Na loja do comerciante Liberto Kruger, a saca da cebola está sendo comercializada a R$ 30 para o produtor. O quilo está saindo por R$ 1,50. "Até meados de março, garantido o preço mais alto", disse ele.

Ituporanga correspondente a 30% da produção de cebola de todo o Estado. São mais de 3,4 mil hectares de área cultivada. E Santa Catarina lidera o ranking nacional neste cultivo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A tendência agora é de diminuição de oferta. Então, consequentemente, diminuindo a oferta, os preços podem aumentar mais ainda", afirmou o presidente Associação dos Produtores de Cebola de Santa Catarina (Aprocesc), Jelson Gesser.

 

Por G1 SC

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