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Baixo preço e baixa qualidade da cebola preocupam agricultores da região

Baixo preço e baixa qualidade da cebola preocupam agricultores da região

Estimativa aponta que prejuízo econômico na região da cebola chega a 50 milhões de reais

Com o auditório da câmara de vereadores de Ituporanga praticamente lotado, a reunião promovida pela Anace, Aprocesc e Câmara Setorial na tarde desta terça-feira, 15, contou com a presença de agricultores, representantes dos sindicatos dos trabalhadores rurais da região, vereadores, o prefeito de Ituporanga alem de representantes de outras instituições interessadas no assunto como Conab e o Banco do Brasil. 

A intenção do encontro que foi idealizado pelo presidente Associação Nacional da Cebola (Anace), Almir Schaffer, era discutir a atual situação da comercialização da cebola na região e buscar alternativas principalmente para auxiliar os agricultores quanto ao pagamento de financiamentos. 

Durante a reunião, técnicos e agricultores de todos os municípios da região se manifestaram para expor o estágio de comercialização da cebola.  A estimativa que já era prevista pelos organizadores, aponta que 60%  da safra ainda espera pela comercialização, e como se não bastasse o preço nada animador, a qualidade do produto também preocupa os agricultores.

O presidente da Anace desabafou dizendo que mesmo que haja uma esperança para a melhora do preço, pouco são os agricultores que podem aventurar e esperar. 

No Rio Grande do Sul,  os cebolicultores que também sofrem com o baixo preço, e se encontram talvez em uma situação um pouco pior, já que comercializam o quilo do produto entre R$ 0,10 e R$ 0,15 centavos, fizeram na semana passada um manifesto em frente a uma agencia bancária, distribuindo cebola de graça para chamar a atenção das autoridades. O assunto foi levantado durante a reunião de ontem, e de acordo com Daniel Schmidt, que é coordenador da Câmara Setorial da Cebola em Santa Catarina, um manifesto semelhante pode ser organizado também aqui no Estado. 

Com o agricultor vendendo o quilo do produto, à um preço abaixo do custo de produção , a perda estimada na região é de R$ 50 milhões, destaca Daniel.

Ao final da reunião, depois de apresentadas as preocupações, um documento foi protocolado com sugestões e reivindicações, e deve ser entregue agora para a entidades governamentais e principalmente aos bancos e as entidades ligadas ao crédito rural. 

Por: Adriane Rengel

 

 

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