Ser o primeiro colocado do Campeonato Catarinense 2019, ainda que de forma provisória, valia o risco que Avaí e Chapecoense assumiram na noite desta quarta-feira, na Ressacada. Os donos da casa se lançaram ao ataque no primeiro tempo e foram premiados com o gol do 1 a 0, de autoria de Ricardo. Na etapa complementar, a Chape se desfez de volante e de lateral para se lançar ao ataque, mas o invicto até semana passada não conseguiu evitar a segunda derrota seguida na competição. Sem perder os últimos seis jogos, o Leão fica na frente pelo menos até o arquirrival Figueirense voltar a jogar.

Na próxima rodada, a 11ª do Catarinense 2019, o Avaí vai seguir na Ressacada. No domingo de Carnaval, às 17h, a equipe azurra encara o Joinville. No dia anterior, às 19h, a Chapecoense vai estar de volta à Arena Condá para enfrentar o lanterna Metropolitano.

A troca de clube no final do ano passado, fez de Renato vaiado pelo torcedor azurra. Entre elas, o jogador que foi destaque da campanha do acesso à Série A contribuiu com a jogada que teve cruzamento de Márcio Araújo e cabeçada endereçada de Elicarlos. A finalização da Chapecoense virou a primeira chance real do jogo por conta da intervenção de Lucas Frigeri, aos sete de bola rolando.

No instante seguinte, Pedro Castro bateu no cantinho e João Ricardo defendeu. Foi a resposta do Avaí. O esquema com três zagueiros deu liberdade para que o Leão atacasse com volantes e laterais, presentes na intermediária da Chape quando com a bola. O time visitante se defendia com seus três volantes e baseou sua atuação nos contragolpes – que não passaram do começo do duelo.

Com 15 minutos de jogo, os jogadores de azul e branco empurraram os de verde para a defesa. O Avaí passou a rondar a área, tentava pelos lados de campo e levantava na área. O Verdão suportava e espantava a ameaça. Foi assim aos 33, mas a equipe da casa aproveitou bem o rebote. João Paulo botou escanteio com efeito na área, a defesa afastou pelo alto e o zagueiro Ricardo aparou na frente da área. Ele cortou pro lado, tirou o marcador da jogada e fuzilou. Placar aberto na Ressacada para mexer com a partida.

A Chape teve de sair de trás e quando isso aconteceu o Leão quase aumentou. Getúlio botou Lourenço, vindo de trás, para chutar cruzado e no canto, aos 39. Com a pontinha dos dedos, João Ricardo desviou para fora.

Toma lá, dá cá. Quatro minutos depois, a equipe do Oeste passou perto do empate. Frigeri fez surpreendente defesa na cabeçada de Joílson que foi no ângulo. Passado o descanso no intervalo, a Chapecoense voltou mais sinuosa com a entrada de Lourency na vaga de Tharlis: um atacante na vaga de um volante.

O jogo ficou aberto. A equipe verde explorava ao máximo o lado esquerdo, forçando as jogadas com Bruno Pacheco, em boa atuação na noite, em cima de Alex Silva. O cartão amarelo ao lateral azurra obrigou Geninho a tirá-lo da partida.

Aos 11, Igor Fernandes entrou. A partir deste momento, a Chape assumiu postura do adversário no primeiro tempo: avançou a marcação e passou a jogar quase toda no campo ofensivo. E ainda mais a partir da entrada de Victor Andrade.

A maior parte dos 4.805 torcedores entendeu o apuro pelo qual o time passava e começou a gritar em apoio. O Avaí suportou e equilibrou a partida. Tentou mantê-la desta forma com a entrada do meia Gegê na vaga do centroavante Daniel Amorim.

Claudinei Oliveira fez a última tentativa de sair com ao menos um ponto da ida ao Litoral de Santa Catarina (perdeu para o Marcílio Dias em Itajaí no domingo): tirou o lateral Eduardo e colocou o meia Diego Torres. Tudo ou nada.

O Leão ficou com as escapadas esporádicas. Em uma delas, aos 30, João Paulo mandou um balaço da frente da área para que João Ricardo espalmasse. Houveram outras, porém o erro no toque ao desfecho da jogada saía errado.

A Chapecoense também não chegou a exigir de Lucas Frigeri. O placar foi de quem foi o primeiro a assumir o risco para tomar a liderança.

FICHA TÉCNICA

AVAÍ 1 x 0 CHAPECOENSE

AVAÍ

Lucas Frigeri; Eduardo Kunde, Betão e Ricardo; Alex Silva (Igor Fernandes), Pedro Castro, Matheus Barbosa, João Paulo e Lourenço; Getúlio e Daniel Amorim (Gegê). Técnico: Geninho.

CHAPECOENSE

João Ricardo; Eduardo (Diego Torres), Rafael Pereira, Joílson e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Elicarlos e Tharlis (Lourency); Renato, Everaldo e Yann (Victor Andrade). Técnico: Claudinei Oliveira.

GOL: Ricardo, aos 33 do primeiro tempo (A).

CARTÕES AMARELOS: Alex Silva, Getúlio e Lourenço (A). Eduardo e Rafael Pereira (C).

ARBITRAGEM: Rafael Traci, auxiliado por Diego Leonel Félix e Luiz Gustavo Ferreira de Souza.

BORDERÔ: 4.805 torcedores, para uma renda de R$ 73.603,00.

LOCAL: Ressacada, em Florianópolis.

Por NSC Total