Pessedistas dizem que caberá aos partidos escolher os nomes para vice-governador e senador
O governador Raimundo Colombo (PSD) se reuniu na manhã desta quarta-feira com lideranças do PSD para tratar dos temas que vão nortear sua candidatura à reeleição e o processo de alianças. O encontro no Hotel Majestic, em Florianópolis, seguiu o modelo das conversas que Colombo teve com PMDB e PP.
A principal novidade foi a definição de que na sexta-feira serão oficializados os convites para que os peemedebistas indiquem o candidato a vice-governador e para que os pepistas ofereçam o nome para o Senado. É a primeira vez que o PSD afirma claramente que a vaga de senador na chapa de Colombo será do PP — tema que sofre resistências em lideranças do PMDB, especialmente o senador Luiz Henrique da Silveira.
Os convites serão levados por Gelson Merisio e Antonio Ceron, presidente e vice do PSD estadual. Segundo Ceron, que assumirá o comando do partido com a licença de Merisio para concorrer à reeleição como deputado estadual, não haverá veto aos nomes que forem indicados.
— O vice e o senador são decisões dos partidos. Existem muitas especulações na imprensa, nós estamos conversando muito, mas a decisão será dos partidos — afirma Ceron.
O nome do PMDB é o do atual vice-governador Eduardo Pinho Moreira, que foi ratificado em reunião da executiva estadual do partido na terça-feira. O pré-candidato do PP ao Senado é o deputado estadual Joares Ponticelli, mas seu nome sofre reação de Luiz Henrique. Oficialmente, o argumento é a questão regional — já que Ponticelli e Moreira são da região Sul do Estado.
Antes do encontro com os pessedistas, Colombo falou sobre o teor da conversa em entrevista à imprensa. Afirma que a reunião, assim como as realizadas com PMDB e PP, tinha como missão qualificar o projeto político da nova candidatura.
— A minha ideia é trazer assuntos importantes para a sociedade catarinense que às vezes não são tratadas no meio político e que precisam entrar em pauta — afirmou Colombo.
Também pregou paciência para a costura das alianças e culpou o cenário político nacional pelas indefinições.
— O quadro político brasileiro é uma confusão, em todos os Estados está igual. Nós colhemos aqui o resultado dessa confusão. São mais de 30 partidos, um negócio muito difícil. Por outro lado, é preciso um compromisso com o povo. A construção desse processo é desgastante, mas faz parte. Você tem que ir levando e ser firme em suas convicções, nos limites e deixar claro para todo mundo — disse o governador.
DIÁRIO CATARINENSE