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Acusado de arrastar mulher por 800 metros chora durante audiência em Rio do Sul

Acusado de arrastar mulher por 800 metros chora durante audiência em Rio do Sul Foto: Arquivo pessoal / Divulgação

Julio Cesar Leandro compareceu à audiência de instrução junto com outras 12 testemunhas do caso

Durou cinco horas a audiência de instrução e julgamento de Julio Cesar Leandro, 21 anos, na manhã desta terça-feira em Rio do Sul. O jovem é acusado de arrastar Maristela Strighini, 40, por cerca de 800 metro na cidade do Alto Vale em abril deste ano. O jovem conduzia a Saveiro em que Maristela ficou presa. A vítima teve os seios mutilados e queimaduras de segundo e terceiro graus depois do acidente.

Leandro prestou depoimento ao juiz da Vara Criminal de Rio do Sul, Claudio Marcio Areco Junior, e ao promotor Fabrício Franke da Silva. O rapaz repetiu a alegação de que não percebeu Maristela presa ao carro durante o trajeto e também negou ter ingerido bebida alcoólica. Durante o relato, Leandro chorou e demonstrou abatimento. Nesta segunda-feira, o advogado de Leandro, Juliano Andreso Paese, informou que o cliente não compareceria.

Ao todo, 12 testemunhas foram ouvidas durante a primeira audiência. O Ministério Público denunciou Leandro por tentativa de homicídio com dolo eventual triplamente qualificado. O Ministério Público e a defesa têm oito dias para fazer novas alegações. Após receber estes documentos, o juiz Claudio Marcio Areco Junior decide se estipula uma sentença para o rapaz ou se encaminha o processo para júri popular. Leandro permaneçe detido preventivamente noPresídio Regional de Rio do Sul desde 17 de abril.  

Maristela Stringhini não foi à audiência e continua internada no Hospital Regional do Alto Vale. De acordo com a assessoria do médico Amir El Haje, esponsável pelo tratamento, a paciente não está liberada para sair do hospital. Atualmente Maristela faz sessões de fisioterapia e passa por curativos, mas que ainda não há novas cirurgias programadas. A alta médica da mulher é prevista para as próximas três semanas.     

Durante a recuperação, Maristela precisa de acompanhante no quarto do hospital em tempo integral e a família, que mora em Lages, se reveza nos cuidados. Para recobrir as lesões na pele, ela passou por 10 cirurgias em pouco mais de um mês.

JORNAL DE SANTA CATARINA

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