A defesa de Maristela Strighini protocolou nesta quarta-feira (18), o pedido de anulação do julgamento realizado em Rio do Sul em 5 de maio. Ao TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), o advogado Luiz Vicente de Medeiros solicita que um novo júri seja realizado.
O caso aconteceu em 2014. A vítima foi arrastada por um carro dirigido por Júlio Cesar Leandro, por 800 metros.
A acusação sustenta que o juiz que presidiu a sessão não foi imparcial e, por parte dos jurados, a decisão foi contrária às provas apresentadas. A antecipação da prescrição da pena também é questionada na apelação. Segundo o advogado Luiz Vicente de Medeiros, a acusação também lamenta a inércia do Ministério Público, que deixou vencer o prazo e não recorreu da decisão. Ele acrescentou que vai processar uma testemunha que teria mentido durante a sessão.
A acusação de tentativa de homicídio foi entendida como lesão corporal culposa no trânsito, crime já prescrito. Além da anulação, o advogado Luiz Vicente de Medeiros pede que, depois, a nova audiência seja realizada em outro foro. Blumenau, Joinville ou Florianópolis.
Maristela Strighini estava na sessão no dia da audiência, e manifestou o desejo de depor. Mas as testemunhas foram definidas antecipadamente e, por essa razão, o juiz não aceitou a inclusão. A acusação queria que as marcas do corpo dela servissem como provas e, tendo o pedido negado, entende que o juiz não foi imparcial.
Segundo o advogado, a família da vítima está disposta a ir, se preciso for, à Brasília, para mudar o desfecho do caso.
Paulo Voltolini, advogado de Leandro, informou que ainda não tem conhecimento sobre a apelação; por isso, não falará agora sobre o assunto.