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Testes com o radar de Lontras começam em junho

Testes com o radar de Lontras começam em junho Foto: Defesa Civil / Divulgação

Equipamento receberá ajustes, mas no próximo mês já emitirá dados parciais

Ainda em fase de montagem, o radar meteorológico de Lontras — o mais moderno do Estado, conforme a Defesa Civil de Santa Catarina — entrará em funcionamento parcial em meados de junho. Para o diretor de Projetos Especiais da Defesa Civil estadual, Emerson Neri Emerim, a expectativa é de que a partir do dia 15 o aparelho comece a gerar informações para a central de operações, em Florianópolis.

Para que o radar funcione completamente, ainda deve passar por dois meses de testes e ajustes. A equipe técnica também será treinada por profissionais da fábrica norte-americana para trabalhar com as ferramentas. Somadas estas etapas, o equipamento estará operando de forma plena daqui a três meses, calcula o gerente de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Santa Catarina, Frederico de Moraes.

 

>>Entenda como o radar vai funcionar<<

 

 

Por estar localizado em uma região de difícil acesso, entre Lontras e Presidente Nereu, as obras de instalação do radar sofreram atraso de dois meses, previsto pelos responsáveis, segundo Emerim. Dias de mau tempo e ajustes no projeto também interferiram no cronograma. A torre de 25 metros sobre a qual o aparelho será colocado está pronta. O trabalho agora se concentra na montagem da antena e do radome, uma bola de fibra de vidro feita para proteger o equipamento do vento e da chuva.

De acordo com Emerim, até sexta-feira a antena de sete toneladas e nove metros de altura deve estar montada. O radome também está em fase final de conclusão. Com 12 metros de diâmetro, 10,5 metros de altura e pesando quatro toneladas, se parece com uma bola de futebol de grandes proporções. Como no local venta muito, ainda está sendo estudado o melhor dia para que o radar e o radome sejam içados ao alto da torre por um guindaste com 100 metros de lança. Como as duas peças serão içadas juntas, já montadas e integradas, qualquer vestígio de vento é um risco para a operação.

População deve ter acesso ao monitoramento a cada 15 minutos

O gerente de Monitoramento e Alerta explica que o radar acompanha as mudanças no tempo (chuva, granizo, temporal, entre outros) a curto prazo, de duas a seis horas no máximo. Mas o diferencial está na precisão, ao apontar com mais eficiência onde as mudanças bruscas irão ocorrer.

Os dados serão enviados para Florianópolis, onde meteorologistas do Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Ciram/Epagri) farão as análises e emitirão avisos para a Defesa Civil. As informações serão geradas em tempo real e deverão ser disponibilizadas para a população a cada 15 minutos. Defesas Civis municipais também terão acesso ao conteúdo.

— Esse radar é um sonho antigo. De última geração, vai fornecer dados de alta qualidade — afirma Moraes.

JORNAL DE SANTA CATARINA

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