Saúde

Rio do Sul confirma os primeiros casos autóctones de dengue

Secretaria de Saúde amplia equipes nas ruas e reforça pedidos para a comunidade.

Rio do Sul confirma os primeiros casos autóctones de dengue Arte: Agência Brasília

 

A Secretaria de Saúde de Rio do Sul confirmou na tarde desta quarta-feira (20), que seis moradores da cidade tiveram o teste positivo para dengue, sendo estes casos “autóctones”, ou seja, quando a pessoa contraiu a doença no próprio município e não em viagem. Estes são os primeiros registros de 2024 deste tipo de contaminação, após pelo menos outros 31 positivos que vieram de outras cidades, os chamados importados.

Os dados foram apresentados pela secretária de Saúde, Roberta Hochleitner e pelo diretor de Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Rio do Sul, James Rides da Silva, em coletiva de imprensa na tarde de hoje. Os pacientes fizeram testes, ficaram em isolamento e já estão recuperados.

“Após o morador que tiver exame positivo para dengue confirmado, nós buscamos informações sobre onde ele esteve, se viajou para regiões onde há focos e contaminação do mosquito. E se isso não ocorreu, emitimos um laudo que é enviado para o Estado para validação”, comentou o diretor da vigilância.

Os casos autóctones acendem um alerta vermelho em Rio do Sul. Apesar de serem poucos e isolados, há número relevante de focos de mosquito encontrados neste ano na cidade. Foram 108 registros de larvas em pontos estratégicos como as armadilhas instaladas em 427 pontos da cidade e monitoradas pelas equipes da divisão de Combate à Endemias da Secretaria de Saúde.

A secretária de Saúde, Roberta Hochleitner, comenta que dos 122 casos suspeitos identificados neste ano, 78 foram negativos, 35 deram positivo, porém 31 são os importados, seis são os autóctones e mais um aguardam resultado. Ainda há três pacientes em monitoramento. 

“É uma situação perigosa e que merece atenção. Nós ampliamos nossas equipes de monitoramento nas ruas, produzimos material de divulgação para entrega de casa em casa e estamos promovendo ações nos bairros. Mas precisamos muito da colaboração da comunidade para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue”, ressalta a secretária. 


Colaboração da comunidade é fundamental para evitar epidemia

O diretor de Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Rio do Sul, James Rides da Silva, reforça o aviso para que toda a comunidade seja parceira no combate ao mosquito Aedes Aegypti que transmite a dengue e outras doenças. É importante que se evite deixar água acumulada em qualquer tipo de recipiente ou objeto que pode ser local de criação do inseto.

“Todos podemos ajudar, limpando jardins, não deixando lixo ou entulho acumulado, potes com água, vasos de flores ou qualquer local que possa acumular mesmo que um pouco de líquido, onde o mosquito pode depositar ovos. Piscinas precisam de cuidado constante da água, assim como a cobertura de caixas d´água”.

Ele alerta ainda sobre a situação de mosquitos que a comunidade encontra ou são possíveis criadouros. “Nós recebemos muitas ligações e pedidos de visitas, mas não temos como atender todas as comunidades só porque um morador encontrou um mosquito que acha que é da dengue. Ideal é uma comunidade unida, que converse, que se ajude nas limpezas, não acumule lixo e denuncie mesmo aqueles casos que forem necessários”, ressalta 

    
Sintomas e quais serviços procurar

A secretária de Saúde de Rio do Sul, Roberta Hochleitner, reforça que a população deve ficar atenta ao combate do mosquito da dengue, mas, ao mesmo tempo, mantenha a calma. A dengue não é uma doença como a Covid-19, por exemplo, mas alguns sintomas podem ser semelhantes. Os mais comuns são febre acima de 38ºC, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

No entanto, existem níveis diferentes de gravidade, o que exige atenção. A forma mais aguda inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas e é fundamental que, em caso de sintomas graves, seja procurado atendimento médico, já que há risco de morte. Tanto as unidades de saúde de Rio do Sul como a UPA 24h podem fazer a triagem desses pacientes.

“Há alertas por todo o Estado sobre municípios com muitos casos e inclusive próximos de Rio do Sul. Será importante que a comunidade colabore neste momento. E em caso de suspeita de dengue, a pessoa deve procurar serviço de saúde”, explica a secretária.

 

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