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Pamplona Alimentos investe em expansão com nova fábrica orçada em R$ 70 milhões em Rio do Sul

Pamplona Alimentos investe em expansão com nova fábrica orçada em R$ 70 milhões em Rio do Sul Irani Pamplona Peters, diretora da empresa foca na aposta em vários mercados (Foto: Gilmar de Souza / Agencia RBS)

A empresa que aposta em frios e embutidos tem crescimento planejado até 2019

O que leva uma empresa a investir R$ 70 milhões em ampliação em um momento de crise na economia? Para a presidente da Pamplona Alimentos, Irani Pamplona Peters, a explicação está no planejamento estratégico e em alguma dose de arrojo. O resultado de tudo isso foi a inauguração de uma nova área da empresa em Rio do Sul no dia 27 de junho, com 8,5 mil metros quadrados de área construída, dividida em três andares.

A partir do ano que vem, o prédio já deve estar funcionando com capacidade plena, adianta a presidente. A expectativa é de que, neste ano, 33% dos produtos da empresa sejam produzidos no novo espaço. O percentual deve aumentar até 2019, quando chegará a 40%, entre fatiados, linguiças, presuntos e salames. A fábrica representa também a contratação, até agora, de 120 funcionários. Para que o projeto saísse do papel, do total investido 58% foi financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 26% pelo Itaú e 16% corresponde a recursos próprios.

As obras da fábrica, localizada no Km 150 da BR-470, começaram no início de abril de 2014 e foram concluídas em junho deste ano. Até dia 31 deste mês passa por um período de testes. Com equipamentos trazidos da Itália, Espanha e Alemanha, o prédio ainda irá contar com um túnel de congelamento, orçado em R$ 13 milhões. A construção da estrutura teve início em junho e deve se estender até 30 de outubro. Além de congelar as desossas também as armazenará automaticamente, conforme explica a presidente em sua sala na sede da empresa, de onde se vê o prédio recém-inaugurado e funcionários trabalhando nas obras do túnel de congelamento. 

 — O setor do agronegócio sofre com a crise. Mas pouco ou muito o povo tem de comer — avalia Irani.

A construção da nova fábrica faz parte de um projeto maior: o planejamento estratégico elaborado a partir de 2009 e que deve ser seguido até 2019, com possibilidade de prorrogação. E é nisso que a empresa está focada, mudando estratégias caso seja necessário para atingir as metas, o que significa, entre outras medidas, acompanhar atentamente o orçamento mensal e enxugar despesas desnecessárias. O mesmo plano prevê que, em até quatro anos, sejam contratados mais 74 funcionários. Hoje a Pamplona conta com cerca de 2,1 mil colaboradores.

O planejamento estratégico mira também em crescimento gradual do faturamento até 2019. No ano passado foram R$ 946 milhões, a previsão para este ano é de R$ 1,1 bilhão e, daqui a quatro anos, com a consolidação do projeto, o rendimento deve ficar em R$ 1,4 bilhão.

— Quando se tem planejamento é preciso ir em frente. Estamos focados nisso — diz a presidente da empresa.

Receita é apostar em vários mercados

Na Pamplona, 55% das vendas são para o mercado interno e os outros 45% restantes correspondem às exportações para cerca de 20 países, com destaque para a Rússia, um dos clientes que mais contribuíram para os resultados positivos (no futuro, a empresa deve apostar também nas relações com a Coreia do Sul). Na opinião da presidente, Irani Pamplona Peters, a receita para se ter bons números nas vendas é apostar em vários mercados: se um fecha, procura-se outro. 

— Os negócios têm de estar pulverizados. Quanto maior o leque, melhor. Estamos em quase todos os Estados. Até o fim do ano queremos estar em todos os lares brasileiros. É arrojado, mas não é impossível — afirma Irani.

Para isso a empresa investe na abertura de novos centros de distribuição país afora e está contratando mais representantes comerciais — até agora 100 já foram admitidos. A logística também precisa funcionar adequadamente, para dar conta do escoamento da produção.

— É um trabalho em equipe. Não faço nada sozinha. Apostamos em novos produtos e novas embalagens para atender todas as classes. Porque acreditamos no Brasil — declara.

Jornal de Santa Catarina

 

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