O movimento é organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde de Santa Catarina (Sindsaúde) e conta com a adesão de todos os segmentos da sociedade. O ato ocorre a partir das 14h, em frente a Igreja Matriz Santo Umberto, em Ibirama.
O movimento acontece diante do anúncio da intenção do governo do Estado de privatizar o hospital ibiramense, que é 100% público, sendo referência em várias especialidades. O Conselho Municipal de Saúde programou para o dia 25 às 19, na Sociedade União, uma reunião para discutir propostas governamentais sobre modelo de gestão.
De acordo com a presidente do sindicato, Edileuza Garcia Fortuna, não existe legalidade em simplesmente transferir o hospital ibiramense para Organizações Sociais (OS), cuja fiscalização é feita por comissão indicada pelo próprio governador. “Temos exemplos de privatização que não deram certo como a do Samu, que antes custava R$ 2,5 milhões mensais e hoje é de R$ 9 milhões, sem contar que a qualidade no atendimento caiu”. Ela observou que esse pode ser o mesmo caminho do Hospital Dr. Waldomiro Colautti. “Se for administrado por uma OS o que hoje é 100% SUS poderá cobrar por internações e procedimentos cirúrgicos”, adverte Edileuza
A proposta de terceirizar o hospital de Ibirama é antiga. Em 1997 o governo do Estado já fazia menção alegando que não estava dentro da estratégia de atenção à saúde. A argumentação do Corpo Clínico da secretaria sempre foi que a cidade não comportava porque a região os municípios ao redor são de pequeno porte.
O primeiro ato para que a administração permaneça com o governo do Estado foi realizado na última segunda-feira, reunindo apenas servidores e lideranças políticas. O resultado imediato foi a exoneração do diretor José Carlos dos Santos, que estava licenciado para tratamento de saúde.
Orlando Pereira/Agência Leme de Notícias