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Empresa fecha sem pagar verbas trabalhistas em Atalanta

20 trabalhadores foram afetados pela falta de pagamentos de salários e FGTS.

Empresa fecha sem pagar verbas trabalhistas em Atalanta	Foto: DAV/Reprodução

 

O Sindicato dos Trabalhadores das indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Rio do Sul e Região (Sititev), intermediou as negociações entre 20 trabalhadores de Atalanta da empresa têxtil “Somtex”. O fato se deu, pela empresa ter fechado as portas com várias dívidas trabalhistas.
Os trabalhadores procuraram o sindicato no dia 22 de janeiro informando que a empresa ainda não havia feito o pagamento do 13º salário, nem fazia o depósito do FGTS e que o salário também estava atrasado.

Foi marcada uma reunião e a equipe do Sititev se deslocou até a empresa, na tentativa de conversar com o patrão e chegar a um acordo sobre os pagamentos, mas encontraram a empresa com as portas fechadas.

“Temos nosso Ministério em Agrolândia, e na terça feira (6), marcamos horário com os trabalhadores. O sindicato foi lá, junto com nosso assessor Jurídico e advogado, e a gente entrou com uma ação trabalhista, uma rescisão indireta contra a empresa”, contou a presidente do Sititev, Zeli da Silva.

De acordo com ela, o empregador se comprometeu a fazer a rescisão no dia 30 de janeiro, mas não compareceu ao sindicato. Com isso, os trabalhadores junto à assessoria jurídica do Sititev, encaminharam uma ação trabalhista na Justiça do Trabalho, com pedido ao Juiz responsável, de liberar os direitos atrasados. “Como a empresa nem rescisão de contrato fez, a gente entrou com um pedido ao Juiz, pra que ele libere as folhas do seguro desemprego, pois a empresa na verdade fazia três anos que não depositava o FGTS para os funcionários. Têm pessoas que trabalham há mais tempo na empresa, pra elas poderem sacarem esse fundo, e ao mesmo tempo, receberem o seguro desemprego, porque os salários dessas pessoas também está atrasado”, enfatizou.

Os trabalhadores foram orientados a permanecerem no local, aguardando uma explicação do empregador. “Temos que parabenizar estes trabalhadores pela coragem e comprometimento, eles ficaram guardando o patrimônio da empresa que é a única garantia do pagamento das dívidas trabalhistas. Que sirva de exemplo para outros trabalhadores, uma empresa que atrasa pagamentos, não deposita o FGTS pode fechar as portas deixando um passivo trabalhista que pode levar anos para ser pago, não esperem, denunciem! Chamem o sindicato”, orientou Zeli.

Como recorrer nesses casos

A presidente orienta os trabalhadores, dizendo que “as empresas que começam a atrasar salários, não depositar fundo de garantia, é importante que já liguem para o Sindicato respectivo à área que pertence, e não continuem trabalhando, porque na verdade, em geral, uma empresa que não consegue pagar o salário e começa a atrasar os encargos obrigatórios sociais, não tem vida”, disse.

Zeli disse, que se a empresa não consegue manter o mínimo das coisas em dia, a orientação é que se ligue para o Sindicato, para dar entrada em uma rescisão indireta, e que “não continue trabalhando até que se resolva os problemas. Isso não vai contribuir em nada, muito pelo contrário, só vai aumentar a dívida”, aconselhou.

A presidente disse que o Sititev está à disposição dos trabalhadores a qualquer momento que for preciso. “O sindicato recebendo uma ligação, a exemplo do que aconteceu em Atalanta, a gente vai atrás para resolver. Aqui não temos horário, se o pessoal precisar a gente vai atrás para defender os direitos dos trabalhadores”, finalizou.

 

Por Elisiane Maciel

Diário do Alto Vale

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