O trecho de pouco mais de 16 quilômetros da rodovia SC-110 entre Ituporanga e o trevo que dá acesso a Imbuia, que segundo as placas do governo, deveria ter sido concluído em janeiro de 2015 segue em obras e, ao que tudo indica, não será concluído tão cedo. Mesmo assim, o órgão responsável pela fiscalização e execução, o Deinfra, disse que o cronograma está sendo cumprido.
Na rodovia desde agosto de 2013, nos locais onde existia afundamento do asfalto, os chamados “borrachões”, está sendo foi feito um aterramento específico para que esse problema não aconteça no futuro. Já nos locais onde não existem esses borrachões está sendo feita mais uma camada de aterro coberta por mais uma de asfalto. O custo total é de mais R$ 26 milhões.
Segundo o assessor de imprensa do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Knoll, o contrato do órgão, indica um prazo diferente ao da placa e terminaria apenas no dia 27 de fevereiro. Mesmo assim, no relatório também consta que os trabalhos seguem em ritmo lento, mas ele não soube informar o motivo. “O que posso dizer é que 70% da terraplanagem de alargamento está concluída e depois ainda vem as outras etapas”, comentou.
Ao todo, serão revitalizados 16,5 quilômetros entre os dois municípios. De acordo com um estudo feito pela empresa executora do projeto em 2011, o tráfego médio diário da SC-110 era de 2.176 veículos na época. A projeção para 2025 é de que este fluxo chegue a 3.104 veículos dia.
O projeto de revitalização contempla 2.640m de faixa adicional, interseções de acesso à comunidade de Rio do Norte, Tifa Damann, loteamento Frei Jerônimo e Rua Ernesto Pedro Ludvig. Também a implantação de 1.400m de travessia urbana no “centrinho” da localidade de Bela Vista, faixa elevada, redutor de velocidade e sinalização. As principais intervenções estão sendo feitas em pontos críticos da rodovia e foram definidas a partir de dados da Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv).
Comunidade cobrava agilidade
Desde a metade do ano passado a comunidade e os prefeitos de ambos os municípios já cobravam mais agilidade. Em agosto o então secretário Regional Elias de Souza alegou que o ritmo de trabalho ficou mais lento durante um período porque a obra era financiada pelo Banco do Brasil e houve problemas nos repasses ao governo do estado, que por sua vez também não pode saldar os débitos com a empresa responsável pela obra.
A empresa responsável pelas obras é a Construtora Azza, de Brusque, que, de acordo com Souza, demorou para receber os repasses e que, por conta disso, diminuiu o ritmo de execução. Ele garantiu, no entanto, que em nenhum momento as obras pararam. Na época, depois que o governo do estado praticamente saldou os débitos com a Azza, a empresa voltou a fazer as obras em um ritmo melhor.
Obra trará benefícios
Mesmo sem terminar a obra já vem trazendo benefícios para os motoristas que trafegam na rodovia, inclusive de municípios próximos como Vidal Ramos. Quem conta é o vereador do PT Oldemar Capistrano. Neném, como é mais conhecido, diz que o maior problema para quem transitava pela SC-110 eram os buracos que foram praticamente resolvidos já com a terraplanagem. “Para nós já melhorou bastante e sabemos que ficará ainda melhor quando for concluída”, comentou.
Sobre o atraso ele disse que ele já era esperado pela população e pelas autoridades que mesmo assim estão otimistas. “A parte mais difícil já está concluída e para nós já melhorou bastante. O importante é que seja concluída, mesmo com um pouco de atraso”, disse.
*Com informações Diário do Alto Vale