Santa Catarina iniciou período do vazio sanitário nas propriedades produtoras de soja. Até o dia 15 de setembro, é proibido cultivar soja ou implantar lavoura, bem como manter ou permitir a presença de plantas vivas em qualquer fase de desenvolvimento.
Segundo a portaria do governo estadual, a medida foi adotada com objetivo de diminuir e controlar a ferrugem asiática, umas das principais pragas dessa lavoura. Essa ferrugem é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O desrespeito à normativa é passível de sanções administrativas, fiscalizadas pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
Conforme o secretário-adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, o vazio sanitário é importante para a manutenção do baixo potencial de transmissão da ferrugem asiática no início da próxima semeadura. Além disso, ele afirma que contribui para o estabelecimento uniforme das lavouras, com redução nas aplicações de agrotóxicos.
Cada estado do país pode estabelecer o período mais adequado para o vazio sanitário, de acordo com suas condições climáticas. No caso de Santa Catarina, o frio intenso que ocorre no inverno nas regiões produtoras, normalmente, elimina todas as plantas de soja. No entanto, se isso não ocorrer, é necessário o controle químico por meio de herbicidas.
Produção em SC
A produção de soja vem ganhando cada vez mais espaço em Santa Catarina. A área plantada no estado chegou a 669,3 mil hectares nesta safra e a expectativa é de uma colheita de 2,38 milhões de toneladas, de acordo com o levantamento da pasta.
A soja é também importante na pauta de exportações catarinenses. Em 2018, o estado exportou 2,34 milhões de toneladas, um aumento de 900% em dez anos, segundo informações do governo estadual.
Por G1 SC