A Companhia Catarinense de Água e Saneamento (Casan) já está fazendo orçamento com empresas especializadas para realizar a dedetização do almoxarifado onde foi encontrado uma infestação de caramujos africanos em Rio do Sul. De acordo com o superintendente regional da companhia, César Cunha, a expectativa é de que o trabalho seja realizado ainda nesta semana.
Os caramujos foram identificados como da espécie Achatina Fulica e, segundo Cunha, não há como saber se foram trazidos do fabricante, do almoxarifado da Casan em Florianópolis ou mesmo se surgiram em Rio do Sul. “Pudemos descobrir que esse tipo de caramujo não é só aqui que tem. Já tivemos conhecimento que Florianópolis e Ibirama já enfrentaram o problema. Não dá pra saber se veio da Capital ou se acabou proliferando aqui na região mesmo, o que a gente sabe é que o caramujo se reproduz muito rapidamente”.
A infestação foi percebida em dezembro e os moradores das proximidades do almoxarifado, na Rua Porto Seguro, que fica no Bairro Laranjeiras, já encontraram centenas de caramujos africanos. Os animais recolhidos por eles, foram colocados em vidros e enviados para o laboratório da Diretoria da Vigilância Epidemiológica (DIVE), em Florianópolis. O resultado do exame realizado no dia 9 de dezembro, cujo responsável pela identificação foi João Cesar do Nascimento, apontou análise positiva. “O que foi encontrado no nosso almoxarifado foi dentro de uma tubulação de PAD, que são mangueiras grossas, com comprimento de 100 metros e ficam enroladas. Detectamos que ali dentro tinha alguns desses caramujos”, explica o superintendente.
“Quando percebemos a infestação, o nosso bioquímico analisou e fez contato com Florianópolis, onde nos aconselharam a contratar a empresa para fazer a eliminação”, conta César. O produto indicado para eliminar a infestação é o Metarex_SP. “Logo que esses caramujos apareceram, entramos em contato com a Vigilância Sanitária de Rio do Sul para poder tomar uma posição”, acrescenta o superintendente.
O caramujo africano adulto chega a por 200 ovos em dois meses. Além de ser transmissor de doenças como meningite e hemorragia intestinal, pode devastar plantações agrícolas. Os funcionários da Casan e os moradores do entorno do almoxarifado foram orientados pela Vigilância Sanitária de Rio do Sul a recolher os moluscos usando luvas ou sacolas plásticas para evitar contaminação pelos vermes que podem estar localizados na gosma do animal.
Fonte: Jornal Diário do Alto Vale