Economia

Interação entre gerações é um dos principais desafios para o mercado de trabalho, de acordo com especialista em RH

Mente aberta e mentoria reversa são citadas como forma de auxiliar no processo de integração.

Interação entre gerações é um dos principais desafios para o mercado de trabalho, de acordo com especialista em RH Imagem Ilustrativa / Gerações no trabalho. Foto: Yan Krukau / Pexels

A cidade de Ituporanga tem um amplo crescimento econômico e de mercado. Isso por conta da cultura e das características dos trabalhadores da região. No entanto, o mercado de trabalho enfrenta um desafio constante: as diferentes gerações que convivem em um mesmo espaço. A avaliação é da gestora de Recursos Humanos da Proaço, Lucélia Ourique, que também atua como diretora de diversidade da Associação Brasileira de RH (ABRH) em Santa Catarina.

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Segundo ela, o município tem perfil empreendedor e está em expansão, o que amplia a necessidade de estratégias eficazes de integração no ambiente profissional.

 

Principais diferenças entre gerações

Para Lucélia, todas as gerações têm algo a oferecer, mesmo com estilos e valores diferentes. Algumas prezam mais a segurança; outras, como as mais jovens, tendem a assumir riscos com mais naturalidade.

“As gerações são diferentes, mas todas contribuem com algo. O papel do RH é justamente harmonizar isso, promover conexões e respeitar as diferenças.”

A especialista reforça que o crescimento de Ituporanga passa também pela valorização do capital humano e pela preparação das empresas para esse novo cenário.

 

Mentoria Reversa pode ser aliada na integração

Na análise de Lucélia, a idade, a religião ou a cor da pele não devem ser fatores determinantes em processos seletivos. Na Proaço, por exemplo, as contratações são feitas com base no perfil profissional e no alinhamento com as atividades propostas. “Cada vaga tem seu perfil, e nosso papel é entender a trajetória da pessoa: onde já trabalhou, por que saiu, o que busca em uma nova oportunidade. Não escolhemos ninguém com base em idade, e sim pela compatibilidade com a função”, afirmou.

Uma das estratégias sugeridas pela especialista para melhorar a convivência entre gerações é a mentoria reversa, que promove trocas entre jovens e profissionais mais experientes. De acordo com Lucélia, essa prática ajuda a derrubar barreiras e estimula o aprendizado mútuo. “É essencial trabalhar a mente aberta. Colocar, por exemplo, um profissional de dezessete anos com um de quarenta. Ou um de trinta com um de sessenta. Há muito o que aprender entre si”.

Além disso, ela destaca que a comunicação direta e o diálogo ainda são carências herdadas de gerações anteriores, o que reforça a importância de investir em treinamentos e conexões reais dentro das empresas.

 

Ouça a reportagem de Berta Thiesen.

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