Algumas vítimas da chacina na Pavilhão 9 foram mortas apenas por estarem na festa
O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira afirmou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (20), que a polícia segue a linha de investigação em que a chacina na sede da Pavilhão 9, torcida organizada do Corinthians, teria acontecido por causa de uma disputa por pontos de tráfico de drogas.
De acordo com Teixeira, nem todas as vítimas tinham algum tipo de envolvimento com o tráfico de drogas. O delegado acredita que os "alvos" seriam apenas dois ou três torcedores, mas, como acontecia um churrasco no momento do crime, outras pessoas acabaram sendo mortas também.
O delegado afirma que já tem o apelido de dois suspeitos, que, em breve, serão identificados e chamados para depor. Por enquanto, Teixeira diz que prefere não dar mais detalhes para não comprometer as investigações.
— Tem que ir com cautela. Não adianta achar qualquer culpado para dar satisfação.
Pelo menos, quatro das oito vítimas da chacina na sede da torcida organizada do Corinthians, a Pavilhão 9, tinham passagens na polícia.
De acordo com informações da polícia, Ricardo Júnior Leonel do Prado, de 34 anos, já foi fichado por dano, tráfico de drogas e desacato.
André Luiz Santos Oliveira, de 29 anos, teve passagens por formação de quadrilha, tráfico de drogas e falsidade ideológica.
Fábio Neves Domingos, de 34 anos, respondeu por infrações de menor potencial ofensivo, de acordo com a lei nº 9.099/95 e foi preso na Bolívia no ano passado, onde ficou detido por 106 dias. Ele estava entre um grupo de torcedores responsável pela morte do garoto Kevin Douglás Beltrán Espada, de 14 anos.
Mydras Schmidt Rizzo, de 38 anos, tinha passagem na polícia por roubo e crime de trânsito.
Marco Antônio Corassa Júnior, de 19 anos, Matheus Fonseca de Oliveira, de 19 anos, e Jhonatan Fernando Garzilo Massa, de 21 anos, não tinham passagens pela polícia.
Fonte: R7