Dom Onécimo Alberton (50) é o novo bispo  da Diocese de Rio do Sul. A posse foi neste domingo, 15, e reuniu cerca de três mil fiéis na Catedral São João Batista, em Rio do Sul.

Aproximadamente três mil fiéis lotaram a catedral. Bispos, padres, irmãs e seminaristas de várias dioceses de Santa Catarina e de outros estados brasileiros marcaram presença na celebração. Familiares de Dom Onécimo e autoridades ocuparam as primeiras fileiras. No altar, bispos, padres, coroinhas e auxiliares estavam com o novo bispo.

Depois das homenagens, entre elas a do prefeito de Rio do Sul, Garibaldi Antônio Airoso, o Gariba, Dom Onécimo presidiu a missa que durou pouco mais de uma hora. Pastorais, movimentos e organismos da igreja se apresentaram ao bispo. Entre as pastorais sociais, apresentadas pela irmã Carmela Panini, a Pastoral do Imigrante foi aplaudida quando haitianos foram até o altar. Índios e agricultores familiares levaram presentes ao bispo. Representantes da Comissão Pastoral da Terra, agricultores de José Boiteux, entregaram a Dom Onécimo uma cesta de alimentos orgânicos, produzidos por agricultores ecológicos da Região.

O Movimento de Irmãos, sob a coordenação do casal Nilberto e Fabíola Lehmkuhl, auxiliou toda a celebração. O coral do grupo colaborou com os cânticos religiosos e no final da missa, entoou o hino Paz na Terra, em homenagem a Dom Augustinho Petry que, ao lado de Dom José Jovêncio Balestieri, é o novo bispo Emérito da Diocese. Dom Augustinhocontinua em Rio do Sul. Ele vai morar no apartamento que era de Dom Tito Buss, no edifício Bom Pastor.

Antes do encerramento da missa, religioso leu a ata de posse do novo bispo, cumprindo uma formalidade legal. Bispos presentes e os membros do Conselho Diocesano assinaram o documento.

“Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22, 27c), é o lema de Dom Onécimo em seu episcopado, cuja ordenação ocorreu no dia 22 de fevereiro, em Criciúma. A nomeação feita pelo Papa Francisco foi em agosto de 2014, mas só em outubro se tornou pública.

Democracia

Enquanto Dom Onécimo Alberton falou da atual conjuntura brasileira e defendeu a democracia em sua homilia, a poucos metros, na Praça Ermembergo Pellizzetti, participantes do protesto contra o governo federal ostentavam faixas com a seguinte mensagem: “Intervenção militar, já”.

Informações da Diocese de Rio do Sul

A Diocese de Rio do Sul, que tem por padroeiro São João Batista, compõe-se de 31 paróquias, 487 comunidades constituídas e 51 centros de atendimento, além de quatro seminários. Tem uma população de mais 306 mil habitantes (censo 2010), sendo mais de 237 mil católicos (censo 2000). Abrange 32 municípios do Alto e parte do Médio Vale do Itajaí. Foi criada pelo Papa Paulo VI, com a Bula Quam Máxime, em 23 de novembro de 1968, porém tornada pública apenas em 12 de março de 1969, quando da indicação do 1º Bispo, Dom Tito Buss (em memória).

A Diocese de Rio do Sul foi instalada em 3 de agosto de 1969, desmembrada quase na sua totalidade da Diocese de Joinville e, em parte, da Arquidiocese de Florianópolis. É composta pelos municípios de Agrolândia, Agronômica, Alfredo Wagner, Apiúna, Ascurra, Atalanta, Aurora, Benedito Novo, Chapadão do Lageado, Dona Emma, Doutor Pedrinho, Ibirama, Imbuia, Ituporanga, José Boiteux, Laurentino, Lontras, Mirim Doce, Petrolândia, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Presidente Nereu, Rio do Campo, Rio do Oeste, Rodeio, Salete, Santa Terezinha, Taió, Trombudo Central, Vidal Ramos, Vitor Meireles e Witmarsum.

Em 29 de julho de 1998, Dom José Jovêncio Balestieri foi nomeado Bispo Coadjutor da Diocese e, a partir do dia 1º de setembro de 2000, assumiu como 2º bispo da Diocese de Rio do Sul. Em 22 de dezembro de 2007, tomou posse como Bispo Coadjutor Dom Augustinho Petry que, em 19 de março de 2008, tornou-se o 3º bispo diocesano.

Agência de Notícias Ekos