Agricultura

Afubra alerta produtores para não ampliarem área plantada de tabaco

Apesar da boa produtividade, entidade reforça que excesso de oferta pode prejudicar preços na próxima safra.

Afubra alerta produtores para não ampliarem área plantada de tabaco Visão aérea de uma roça de fumo. Foto: Arquivo / Sintonia FM

A safra 2024/2025 de tabaco está sendo comercializada de forma mais lenta do que a anterior, segundo o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher. Até agora, 73% da produção foi vendida nos três estados do Sul.

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Na safra passada, uma quebra de mais de 20% na produtividade acelerou as vendas. Neste ano, com a produção dentro da normalidade e qualidade considerada boa, o processo segue em ritmo gradual.

 

Venda por estado tem variações

A comercialização do tabaco varia entre os estados produtores. Em Santa Catarina, 84% da produção já foi vendida. No Paraná, o índice chega a 79%. Já no Rio Grande do Sul, 61% da safra foi comercializada até o momento.

Drescher destacou que os dados incluem as três variedades cultivadas: Virgínia, Burley e a comum, esta última em menor escala. De acordo com o presidente da Afubra, a qualidade do tabaco colhido está dentro do esperado, com exceção de alguns pontos isolados onde o clima foi menos favorável. A produtividade também é considerada normal, o que reforça a estabilidade da atual safra.

“Estamos encerrando uma safra com resultados equilibrados, tanto em produtividade quanto em qualidade”, afirmou Drescher.

 

Preço médio se mantém dentro da tabela

Em comparação com a safra anterior, os preços pagos ao produtor estão mais equilibrados, influenciados pela lei da oferta e da demanda. Neste ciclo, as empresas estão comprando conforme a tabela de preços e, em alguns casos, sendo mais flexíveis nas classificações.

Embora o valor médio por quilo possa ser menor, o volume colhido compensa. “No fim, o produtor deve colocar no bolso um valor igual ou até maior que o da safra passada”, explicou o presidente.

Para a próxima safra, a Afubra reforça que os produtores não devem ampliar a área plantada. A recomendação é manter ou até reduzir o tamanho atual, priorizando a produtividade e o uso de mão de obra familiar.

 

Ouça as informações completas com Josué Eger.

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