A mulher de 33 anos presa em Guatambu, no Oeste catarinense, suspeita de atear fogo na casa que morava com os filhos dentro, teria provocado o incêndio após uma discussão com o companheiro, segundo a Polícia Civil. O caso ocorreu na madrugada de domingo (13). A família é da Venezuela e neste ano mudaram para o município. As crianças conseguiram escapar das chamas por uma janela e estão abrigadas com o pai na casa de outra família venezuelana.
“O casal teria discutido, inicialmente estavam bebendo, e o venezuelano pegou e saiu de casa. Ela foi atrás, creio que não achou, e voltou. Ela teria botado fogo num papelão dentro de casa com os três filhos dentro, saiu, trancou a porta até com arame por fora. O fogo começou a se alastrar por dentro do imóvel. A filha mais velha, de 13 anos, pegou um objeto, teria quebrado uma janela por onde saíram os três”, detalha o delegado Maiko Frank Vivi, que estava de plantão na Central de Polícia de Chapecó.
Ela e o pai das crianças confirmaram a versão, mas, segundo o delegado, é necessário mais informações e também uma perícia para determinar o que de fato ocorreu. Por volta das 3h de domingo um homem procurou a Polícia Militar informando sobre o incêndio na localidade de Linha Elisbão. Os bombeiros foram ao local combater as chamas, mesmo assim o fogo destruiu duas casas e atingiu uma terceira, segundo a Polícia Civil.
A filha mais velha teria utilizado uma cadeira para quebrar a janela. A menina e os irmãos de 10 e 11 anos não sofreram queimaduras, mas foram levados ao hospital por causa da fumaça que inalaram. A suspeita foi presa em flagrante e encaminhada ao presídio de Chapecó.
“Com base nessas informações determinei a prisão dela por tentativa de homicídio qualificado por motivação fútil, emprego de fogo, crime de dano qualificado e o crime de incêndio com relação aí as demais casas: até porque o imóvel dela é alugado, gerou dano ao dono do imóvel, aos donos dos imóveis ao lado e o perigo do incêndio”, afirma o delegado.
O caso deve ser investigado pela Delegacia de Guatambu. O homem morava há seis meses na cidade e a mulher teria chegado há cerca de três meses, segundo o delegado. O proprietário da casa informou à NSC TV que alugou a casa para a família havia três meses. A Polícia Civil não informou a idade do homem e outros detalhes sobre o caso.
Ainda conforme o delegado de plantão no domingo, a Delegacia de Chapecó tentou contato com a embaixada da Venezuela ainda no domingo, mas não conseguiu. Não havia outras ocorrências envolvendo essa família registradas na polícia. O Conselho Tutelar e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Guatambu foram acionados para auxiliar a família.
Por G1 SC