Finalizando a colheita de grãos na região do Médio, Alto Vale e região Serrana a avaliação é que esta safra foi melhor em produtividade do que o ano anterior. De acordo com o engenheiro agrônomo da Cravil, Neimar Francisco Willemann, dois fatores foram imprescindíveis para o desempenho das lavouras, principalmente, de milho e soja. “Acredito que o clima este ano favoreceu a produção na nossa região, salvo algumas situações isoladas, mas também a alta produtividade se deve a utilização de tecnologias pelos produtores”.
Na cultura do milho, onde houve a redução de área plantada, principalmente no Alto Vale, a produtividade superou o ano anterior que foi marcado pelas altas temperaturas do final do mês de janeiro e início de fevereiro. “Com o clima mais favorável, tanto as lavouras de grão como para silagem tiveram bons resultados. Em relação à diminuição na área, boa parte migrou para a cultura da soja que vem crescendo a cada ano na região”, explicou Willemann.
Na safra passada a região de abrangência da Cravil, tinha uma área estimada em 45 mil hectares destinada à cultura do milho, este ano o número caiu para 38 mil hectares. Contudo, em propriedades onde a colheita em 2014 rendeu de 40 a 50 sacas do grão, em virtude da estiagem, nesta safra foi colhido mais de 120 sacas por hectare. “Mas além desse crescimento em áreas que tiveram problemas com a estiagem no ano passado, tivemos também propriedades que ultrapassaram as 200 sacas por hectare”, destacou o engenheiro agrônomo. As cidades que mais se destacam na produção de milho são Ituporanga, a localidade de Serra dos Índios, em Presidente Getúlio, Agronômica e Petrolândia. Devem chegar às unidades da Cravil cerca de 500 mil sacas de milho.
Soja cresce na região
Enquanto a área de milho para grão diminui, as lavouras de soja ganham espaço em várias cidades do Alto Vale e região Serrana. Dos 8 mil hectares plantados na última safra, a estimativa é que este ano a área tenha ultrapassado os 15 mil hectares. Destaque para municípios como Ituporanga, Bom Retiro, Santa Terezinha e Petrolândia. “Na cultura da soja foi bastante nítido que aqueles produtores que utilizaram a tecnologia, usaram os insumos de forma correta tiveram melhores resultados. A média de produção foi de 50 sacas por hectare, mas algumas propriedades alcançaram 80”, ressaltou Willemann. A previsão de recebimento da Cravil é de 300 mil sacas da leguminosa.
Arroz se mantém na média
Na cultura de arroz, em resumo geral, segundo os engenheiros agrônomos da Cravil, a safra ficou dentro do esperado. Contudo, alguns municípios tiveram redução na produtividade em função do clima. “Tivemos regiões onde as condições de temperaturas ou foram muito altas ou muito baixas, e ainda tivemos casos isolados de granizo, o que acabou prejudicando um pouco as lavouras de arroz. Mas, mesmo tendo algumas áreas com quebra, o resultado num contexto geral foi bom, nas principais propriedades chegamos a 255 sacas por hectare”, explicou Gentil Colla Junior. A Cravil estima receber 1,5 milhão de sacos de arroz, além de outros 80 mil sacos que serão destinados para a área de sementes.
Diário do Alto Vale