A eventual candidatura do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao Senado por Santa Catarina não encontra consenso entre os eleitores catarinenses. De acordo com pesquisa realizada pela empresa Neokemp e contratada pelo Grupo ND, 52% dos entrevistados afirmaram que não votariam no filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Ainda segundo o levantamento, 34% disseram que votariam no vereador do Rio de Janeiro, enquanto 14% não souberam ou não responderam. A pesquisa foi realizada na primeira semana de julho com 1.800 entrevistados de 77 municípios catarinenses, por meio de ligações telefônicas automatizadas.
Percepção da candidatura também é negativa
Ao serem questionados sobre como avaliam a possível candidatura de Carlos ao Senado, 36,7% dos entrevistados disseram considerá-la "muito positiva" ou "positiva". Já 38,6% avaliaram como negativa ou muito negativa, e o restante não opinou.
Outro ponto da pesquisa trouxe uma questão mais sensível: a percepção sobre candidaturas de fora. Quando perguntados se concordam com a afirmação de que “a candidatura de uma pessoa de outro estado ao Senado por Santa Catarina é um desrespeito com as lideranças locais e população catarinense”, 71,1% responderam que concordam, enquanto apenas 9,6% discordam.
Especialista vê debate como oportunidade de reflexão
O professor doutor Daniel Pinheiro, coordenador do Programa de Extensão em Educação e Cultura Política da Udesc, destacou que esse cenário é uma oportunidade para aprofundar o debate sobre a função do Senado.
— O Senado tem um papel político importante. É fundamental discutir quem deve representar o estado e quais são os compromissos esperados de um senador — afirmou o professor.
Pesquisa é da Neokemp, especializada em levantamentos eleitorais
A Neokemp é uma empresa especializada em pesquisas eleitorais e atua desde 2012. Segundo o diretor Marcelo Noronha, o estudo segue critérios técnicos com margem de erro de 3,1 pontos percentuais. O sistema utilizado realiza ligações com voz humana automatizada e segmenta as amostras por sexo, faixa etária, escolaridade e região.
— A pesquisa é feita com rigor e controle de cotas. Já realizamos mais de 450 levantamentos, com mais de 178 mil pessoas entrevistadas no país — destacou Noronha.