Representantes do sindicato e Tribunal tiveram reunião nesta sexta (17).
Greve já prejudica a tramitação de processos judiciais no estado.
Em greve desde o dia 9 de abril, os servidores do judiciário catarinense seguem com a paralisação. Na tarde desta sexta-feira (17), houve rodada de negociação, mas sem sucesso.
Depois de quase três horas de reunião, representantes do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina (Sinjusc) e Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) não chegaram a um acordo sobre a greve da categoria.
Dos quatro pontos reivindicados, só houve avanço no reajuste do vale-alimentação. A questão salarial, um dos principais pedidos dos servidores, ainda é um impasse.
Plano de cargos e salários
Na capital, a mobilização na tarde desta sexta foi na portaria do prédio do Tribunal. A tentativa é sensibilizar o judiciário sobre o novo plano de cargos e salários da categoria, que está em discussão desde dezembro do ano passado e que ainda não tem data para ser analisado.
"Não dá para entender essa demora", afirmou o diretor do Sinjusc, Luiz Carlos Ribeiro. Para começar a valer, o NPCS, como é chamado, tem que primeiro ser votado e aprovado pelo pleno do próprio TJSC para depois ser enviado à Assembleia Legislativa. Então, ele seria analisado pelos parlamentares.
"A administração considera que há possibilidade de avançar sim alguma coisa no plano de cargos e salários para os próximos orçamentos e, talvez aqui ou acolá, alguma possibilidade de reposição inflacionária em cima de alguns benefícios", disse o desembargador do TJ Ricardo Roesler.
Adesão
Tribunal e sindicato têm números diferentes sobre a adesão ao movimento. O TJ diz que 40% dos 6 mil servidores estão parados. Já o sindicato diz que o percentual é de 70%. A greve já prejudica a tramitação de processos judiciais.
G1SC