O Hospital Regional Alto Vale (HRAV) passa por dificuldades financeiras por conta de uma dívida que o Governo de Santa Catarina não tem quitado e já soma quase R$ 5 milhões, o que compromete até mesmo o pagamento de fornecedores.
De acordo com o gerente geral da unidade, Siegfried Hildebrand, o hospital está desde 2016 sem receber do Estado, por exemplo, R$ 234 mil. O valor refere-se a três meses de incentivo hospitalar e se soma a mais R$4.660.000,00 de extrateto.
“Esse valor vem a ser os atendimentos efetuados, faturados e não recebidos, totalizando um valor de R$ 4.894.000,00”, declara.
Ele afirma que para o Hospital Regional o valor quitado seria importante para manter as contas em dia e melhorar a estrutura com novos equipamentos. “Se esses valores se fossem liquidados seriam investidos na aquisição de novos equipamentos e pagamentos de dívida junto a alguns fornecedores” finaliza.
A dívida do Estado de acordo com o presidente da Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí (Fusavi), Giovane Nascimento, é de serviços já executados pelo hospital.
“São cirurgias, atendimentos, exames e que por se tratar de extrateto o Estado acaba não remunerando. Desse valor, se recebido, teremos que descontar os honorários médicos, pelos quais os médicos já trabalharam e não receberam, e o restante do dinheiro entra como verba de custeio, servirá para manutenção e aquisição de novos equipamentos”, explicou.
Siegfried completa dizendo que o Governo do Estado alega que o atraso ocorre porque o Ministério da Saúde também não liberou os valores.
“Eles dizem que o Ministério da Saúde não liberou esse valor do extrateto e consequentemente não existe data para a liquidação dessa dívida. Quanto ao incentivo hospitalar, desde o mês de março de 2018 o Estado está pagando uma prestação, motivo pelo qual continua devendo três meses, situação que já vem de algum tempo, por falta de recursos”, destaca Siegfried Hildebrand.
Para o Giovane, qualquer valor faz a diferença na administração do hospital. “Faz muita diferença, não importa o valor, sobretudo se considerar que atendemos 80% pelo SUS”, pontuou.
Por Tatiana Hoeltgebaum
Diário do Alto Vale