Justiça

Ex-secretário de Moisés é alvo de operação que investiga fraude em compra de software em SC

A investigação é conduzida pela Decor/Deic (Delegacia de Combate à Corrupção) e pela Dlav (Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro).

Ex-secretário de Moisés é alvo de operação que investiga fraude em compra de software em SC Ilustração Internet

O ex-secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca, é alvo de uma operação que investiga fraude na compra de software pela secretaria e pelo Porto de São Francisco do Sul, durante o governo de Carlos Moisés (Republicanos).

A operação batizada de “Irmãos em Armas”, deflagrada nesta sexta-feira (30), apura indícios de que o programa nunca foi utilizado e que os contratos foram “infinitamente” mais caros do que uma compra semelhante firmada anteriormente. O prejuízo seria de R$ 1,5 milhão.

A defesa de Tasca afirmou, por meio de nota, que o ex-secretário é inocente e que está tranquilo e disposto a prestar qualquer informação sobre seus atos no exercício de funções públicas.

O texto diz também que “as contratações seguiram os trâmites legais, que poderão ser apurados pelas autoridades competentes”. A nota na íntegra, assinada pelo advogado Noel Baratieri, está no fim da reportagem.

A investigação é conduzida pela Decor/Deic (Delegacia de Combate à Corrupção) e pela Dlav (Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro). Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em três cidades de Santa Catarina (Florianópolis, São José, Palhoça) e em Canoas, no Rio Grande do Sul.

O que é a tecnologia

A tecnologia contratada visa “gerir os indicadores de desempenho” e foi desenvolvida com base “na Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão Construtivista – MCDA-C”, de acordo com a corporação.

O software foi desenvolvido por uma empresa sediada em Florianópolis, mas a Polícia Civil não informou o nome da desenvolvedora.

A mesma ferramenta foi contratada ao menos três vezes pelo governo de Santa Catarina – além da SEA e do Porto de São Francisco, a PMSC (Polícia Militar em Santa Catarina) contratou a tecnologia em 2013. No entanto, apenas os dois últimos contratos são alvos da Operação.

Ao ND+, a SEA informou em nota que “as supostas irregularidades relacionadas ao processo licitatório para a compra de software, alvo da operação conduzida pela Polícia Civil, são provenientes da gestão passada de Governo”.

 

Além disso, a pasta afirma que a gestão do governador Jorginho Mello não realizou a renovação do contrato e as informações necessárias estão sendo prontamente disponibilizadas às autoridades competentes.

 

Nota de Jorge Eduardo Tasca

O ex-secretário de Administração do governo de Santa Catarina reafirma sua inocência, destaca que está tranquilo e disposto a prestar qualquer informação sobre seus atos no exercício de funções públicas, como fez ao longo de toda a sua carreira – seja na Polícia Militar, seja à frente da Secretaria de Estado da Administração do Governo do Estado. Afirma ainda que as contratações seguiram os trâmites legais, que poderão ser apurados pelas autoridades competentes. Todas as ações por ele conduzidas ao longo dos mais de 30 anos de carreira foram pautadas pela ética e pelo rigor com a coisa pública, o que reforça esse compromisso em contribuir com a operação. O ex-Secretário afirma ainda que não há qualquer passagem em sua vida pública que o desabone, o que garante a sua confiança na justiça e nas instituições.

 

Outras Notícias