O Instituto Federal Catarinense, na Serra Canos, em Rio do Sul, é a primeira escola do Estado ocupada pelos estudantes em Santa Catarina. No Brasil já passam de 600, entre elas, vários Institutos Federais.
O protesto é contra a Proposta de Emenda Constitucional – PEC 241, que congela os investimentos em educação por 20 anos e que também atingi saúde e toda a área social.
Além do protesto contra a PEC 241, a ocupação é contra a Medida Provisória – MP 746, que reformou o ensino médio de cima para baixo, sem envolver a sociedade num debate participativo e democrático, fato que mostra que o atual governo federal não entende e não defende o ensino público, denunciam.
Bem organizados
A ocupação do IFC está sendo uma iniciativa de todos os estudantes, que também tem o apoio do Grêmio Estudantil.
Organizaram equipes que cuidam da limpeza, alimentação, oficinas e da manutenção das atividades agropecuárias e do monitoramento do Instituto, para garantir a segurança de todos.
As redes sociais são grandes aliadas na articulação e troca de informações com outras escolas ocupadas e escolas públicas de Rio do Sul e Região. Uma equipe multimídia cuida das redes sociais.
Na tarde desta terça-feira 18, uma comissão formada por dirigentes e estudantes do IFC tem reunião com o juiz da Vara da Infância e da Adolescência da Comarca de Rio do Sul.
A ocupação, que iniciou na segunda-feira 17, vai continuar por tempo indeterminado. Toda a organização é voltada para que os alunos continuem aprendendo e mantendo o trabalho de campo.
Os temas abordados em oficinas são sobre a PEC e a MP, foco do protesto, além de confecção de cartazes e outros aprendizados como a preparação ao ENEN e ao vestibular, cultura, organização de trabalho coletivo, entre outros.
Os corredores estão ocupados por estudantes que levaram seus colchões. Grupos conversam e todos estão atentos aos passos seguintes. Cada estudante está disposto a colaborar com as atividades definidas coletivamente.
Segundo Augusto de Lara Duarte e Luiza Isabel Peron, é forte a disposição de ocupar e resistir, porque todos estão lutando por direitos ameaçados, afim de evitar retrocesso na educação pública brasileira.
Parte dos estudantes que estão ocupando o IFC (Foto: Divulgação)
Agência de Notícias Ekos