Nesta terça feira dia 7 de setembro, as ruas de Santa Catarina devem receber diversos protestos de diferentes grupos políticos, tanto em apoio, como oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro defendeu a participação de toda “a população brasileira”, incluindo “integrantes o Poder Executivo Federal” nos atos marcados para a data. As declarações vêm em meio a um debate sobre a presença de policiais nas manifestações.
Todas as polícias estão subordinadas ao Poder Executivo – seja ele Federal, no caso da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, ou estadual, no caso das polícias civil e militar. A presença de policiais, categorias que compõem a base eleitoral de Bolsonaro, nos atos tem sido debatida. Alguns governadores proibiram e ameaçaram punir os servidores que comparecerem às manifestações.
Em atrito com os outros Poderes da República, sobretudo com o Judiciário, Bolsonaro tem instado a militância a participar dos atos, os quais chegou a classificar de “nova Independência”. Em discurso no sábado (04), falou em ruptura e disse que as manifestações servirão para colocar “no devido lugar” aqueles que não respeitam o povo, a quem chamou de “poder moderador”, ou “ousam não obedecer a Constituição”.
Carta alerta para “insurreição” e “risco à democracia” no 7 de setembro
Mais de 150 parlamentares, ministros e ex-presidentes de 26 países assinam um documento, divulgado na manhã desta segunda-feira (6) pelo instituto Progressive International, que alerta para uma “insurreição que põe em risco a democracia no Brasil” no 7 de Setembro.
A carta diz que “neste momento, o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados — incluindo supremacistas brancos, policiais militares e servidores públicos de todos os níveis do governo — estão preparando uma marcha em todo o país contra a Suprema Corte e o Congresso em 7 de setembro, alimentando o medo de um golpe na terceira maior democracia do mundo”.
As marchas a que a entidade se refere estão sendo convocadas pelo presidente para esta terça-feira (7). Em atrito com os outros Poderes da República, sobretudo com o Judiciário, Bolsonaro tem instado a militância a participar dos atos, os quais chegou a classificar de “nova Independência”. Em discurso após passeio motociclístico em Pernambuco, no sábado (4), falou em ruptura e disse que as manifestações servirão para colocar “no devido lugar” aqueles que não respeitam o povo — a quem chamou de “poder moderador” — ou “ousam não obedecer a Constituição”.
O documento lembra episódios envolvendo Bolsonaro considerados “ataques às instituições democráticas brasileiras”, como o desfile “sem precedentes” de tanques na Esplanada e as ameaças à realização das eleições em 2022 com vistas à aprovação de mudanças propostas pelo presidente. A carta ainda resgata supostas mensagens atribuídas ao chefe do Executivo em que ele defende que as manifestações de 7 de Setembro seriam um “contragolpe necessário” contra o Supremo Tribuna Federal (STF) e o Congresso.
Por fim, o documento afirma que membros do Congresso estão preocupados de que as manifestações sejam uma repetição da tentativa de invasão ao Capitólio, nos Estados Unidos, encorajada pelo ex-presidente Donald Trump.
Confira quais cidades de Santa Catarina confirmaram o ato contra o presidente Bolsonaro:
De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), até o momento, cinco cidades terão atos contrários ao presidente Jair Bolsonaro.
SC – Florianópolis – Largo da Alfândega | 14h
SC – Garopaba – Caminhada e Carreata – Rua Alvaro. E. Santos (Na Lata)
SC – Joinville – Parque da Cidade (Setor Sambaqui, próx. Ponte do Trabalhador) | 14h
SC – Mafra – Praça Laura Müller | 14h30
SC – Timbó – Praça Frederico Donner, em frente a antiga Thapyoca-Timbó | 10h