O contrato para a obra de desassoreamento do Rio Itajaí-Açu, em Rio do Sul, encerrou no último domingo (19). Nesta segunda-feira (20), teve início a desmobilização das máquinas e equipamentos. Dos 8,2 quilômetros previstos, menos de 6 quilômetros foram limpos.
Denilson Sardá, engenheiro responsável pela obra, explicou que a não conclusão dos serviços foi causada por fatores como as oscilações no nível do rio e a presença de materiais mais pesados do que os previstos inicialmente. Segundo ele, a expectativa era remover entulhos como pneus e eletrodomésticos, mas a equipe encontrou principalmente pedras e sedimentos densos, o que tornou o trabalho mais lento e complexo.
“A nossa ideia inicial era carregar entre 30 e 35 balsas por dia, mas o material pesado e saturado de água limitou o transporte para cerca de 10 balsas diárias por embarcação, atrasando o cronograma", relatou Sardá.
Até 30 de novembro, 102.780 metros cúbicos de material haviam sido retirados. Uma nova medição, programada para esta semana, será realizada para determinar o volume total removido até o término do contrato. Do valor inicial de R$ 16 milhões, cerca de R$ 8 milhões foram pagos, já que os repasses são baseados na quantidade de material retirado.
Por ser uma obra emergencial, o contrato não pôde ser prorrogado. A Defesa Civil deve realizar uma nova licitação para dar continuidade ao desassoreamento em trechos remanescentes.
A desmobilização das máquinas deve levar de uma a duas semanas, incluindo a retirada do material restante no porto. Sardá destacou que a equipe segue responsável por evitar qualquer impacto ambiental durante o processo de encerramento das atividades.
Acompanhe mais detalhes na entrevista de Vanessa Montibeller.