Secretário acredita que atuação política de opositores do governo tenha contribuído para assustar os moradores
O secretário de Estado de Defesa Civil, Milton Hobus, reconhece que os projetos das barragens do Alto Vale do Itajaí atrasaram porque a comunidade se opôs às obras, chegando a promover abaixo-assinados, situação de Petrolândia, e também pela demora já esperada nos processos de licitação e desenvolvimento dos projetos. Além disso, Hobus acredita que a atuação política de opositores do governo contribuiu para assustar os moradores:
— Para cada rio tivemos uns cinco estudos diferentes, para tentar atingir o objetivo do volume de água que precisamos reter e trazer o menor impacto à sociedade. Pelo ano passado ser eleitoral, acabou se utilizando mal as informações para as comunidades e ainda estamos sofrendo com isso. Tivemos que parar tudo no período eleitoral porque se criou um clima de terror.
Segundo Hobus, os projetos estão concluídos e o Relatório de Impacto Ambiental das barragens de Mirim Doce, Petrolândia e Trombudo Central/Braço do Trombudo já está com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma). Na próxima semana ele se reúne com os prefeitos para dar continuidade aos projetos. Prazo para entrega das estruturas é 2017.
Pouso Redondo e Agrolândia estão mais atrasadas
As outras quatro barragens previstas para compor a estrutura de prevenção no Alto Vale estão ainda mais atrasadas, pelos mesmos motivos. Sobre as duas de Agrolândia, Hobus explica que também vai se reunir com o prefeito nos próximos dias para concluir os projetos.
Em Pouso Redondo, que terá outras duas, ainda estão sendo feitos estudos técnicos:
— A empresa vai fazer o levantamento do rio em Salete. É mais problemático lá do que em Pouso Redondo em termos de impacto e só com isso podemos fazer a reunião de finalização com a prefeitura e a comissão antibarragem e estabelecer os passos seguintes — conclui Hobus, ressaltando que semana que vem o cronograma pode ser refeito.
Jornal de Santa Catarina