O trabalho infantil, especialmente no setor agrícola, é uma preocupação recorrente do Conselho Tutelar de Ituporanga. Apesar de poucas denúncias formais serem registradas, muitas chegam informalmente, dificultando a atuação direta, já que os denunciantes frequentemente não fornecem informações precisas ou se recusam a se identificar.
Quando há uma denúncia formal, o Conselho verifica a situação e, se confirmado o trabalho infantil, encaminha o caso ao Ministério do Trabalho para que sejam tomadas as medidas cabíveis como explica em entrevista concedida a Jean carlos da Conselheira Tutelar do município de Ituporanga, Sirlândia Lopes Neto.
A atuação também inclui a assistência a adolescentes migrantes, muitas vezes contratados de maneira irregular por intermediários, enfrentando condições de trabalho que não condizem com as promessas feitas. Esses casos são direcionados à assistência social, que auxilia no retorno ao município de origem.
Sirlândia também explica que a legislação tem avançado para a proteção das crianças e adolescentes, por isso existem restrições legais de trabalho para adolescentes
É permitido que adolescentes trabalhem, desde que respeitem as restrições legais: jovens de 14 a 16 anos podem atuar apenas como aprendizes, enquanto entre 16 e 18 anos é proibido trabalho noturno, perigoso ou insalubre.
Para famílias interessadas em inserir adolescentes no mercado de trabalho de forma legal, o Programa Jovem Aprendiz é uma alternativa. Inscrições podem ser feitas no CRAS, que faz a ponte entre jovens e empresas. O Conselho também reforça que o estudo deve ser prioridade, sendo obrigatório até a conclusão do ensino médio.