O Hospital Regional de Rio do Sul está enfrentando um aumento expressivo nos atendimentos por síndromes respiratórias, especialmente devido ao crescimento dos casos de influenza A (H1N1). A situação foi detalhada pelo médico e diretor técnico do hospital, Dr Marcelo Gambetta.
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Segundo o médico, o pronto-socorro teve um aumento de cerca de 20% nos atendimentos em comparação ao mesmo período do ano passado. “O nosso calcanhar de Aquiles hoje é o pronto-socorro, que já opera frequentemente no limite. Esse aumento de demanda acaba formando filas e gerando desconforto à população”, explicou.
Apesar da maioria dos casos serem considerados leves, vários pacientes estão sendo internados, o que aumenta a taxa de ocupação da enfermaria. Na UTI, apenas um paciente está internado com síndrome respiratória aguda grave relacionada à influenza, mas a unidade segue 100% ocupada, principalmente por casos de alta complexidade como infartos, AVCs e traumas.
Casos de H1N1 já superam os de COVID
Dr. Gambetta destacou que, atualmente, os casos de H1N1 superam os de COVID-19 e alertou para a baixa adesão à vacinação. “A vacina contra a gripe é segura, conhecida e reduz significativamente o risco de desenvolver formas graves da doença”, reforçou.
A infecção está atingindo todas as faixas etárias, de crianças a idosos. A vacinação em idosos costuma ter maior adesão, mas o médico alerta para os riscos também em jovens e adultos não vacinados.
Sobrecarregamento pode afetar cirurgias
Com o aumento das internações por síndromes respiratórias, o hospital também pode precisar adiar cirurgias eletivas, já que os leitos são ocupados por esses pacientes. “As cirurgias de rotina acabam ficando em segundo plano quando não há leitos disponíveis”, afirmou.
UPA em reforma pode ter impactado atendimentos
A mudança da UPA para o Hospital Samária durante a reforma também pode ter contribuído para o aumento na procura pelo Hospital Regional. Segundo Dr. Marcelo, embora o maior número de casos respiratórios já fosse previsto pelo Ministério da Saúde, a mudança da estrutura da UPA fez com que alguns pacientes passassem a buscar o hospital diretamente.
Cuidados preventivos ainda são essenciais
O diretor reforçou a importância de retomar os cuidados adotados na pandemia da COVID-19, como a etiqueta da tosse, uso de álcool gel e evitar aglomerações, principalmente se a pessoa estiver com sintomas gripais.
“Se você está com febre alta ou sintomas de gripe, evite ir a lugares públicos ou mesmo a consultas eletivas. Reagende e evite contaminar outras pessoas”, alertou.
Vacinação e prevenção continuam sendo as principais armas contra o avanço da gripe e das síndromes respiratórias, principalmente neste período de inverno, que tende a ser mais rigoroso.