O governo federal anunciou na semana passada a ampliação, de R$ 8 mil para R$ 12 mil, no teto da renda das famílias que podem financiar um imóvel pelo "Minha Casa, Minha Vida (MCMV)", programa habitacional.
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Na prática, essas famílias vão representar uma "Faixa 4" do programa, que contará com juros menores, o que viabilizará prestações mais baixas e economia aos compradores.
A previsão é que as novas condições estejam disponíveis no começo do mês de maio para contratação.
Com as novas regras, 100 mil novas moradias serão viabilizadas
De acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho, com as novas regras, o governo federal abrirá uma seleção de 100 mil novas moradias dentro da "Faixa 4" do programa.
A avaliação do ministro foi feita durante o Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), em São Paulo (SP), evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Em termos orçamentários, serão disponibilizados pelo FGTS R$ 15 bilhões em 2025 (oriundos do pré-sal), conjugado com a aplicação de outros R$ 15 bilhões captados pelas próprias instituições (em recursos da poupança).
Com a criação da Faixa 4, estão previstos benefícios como a possibilidade de financiamentos de até 420 meses e taxa de juros de 10,5% ao ano, abaixo das taxas atuais de mercado (acima de 11,5% ao ano), para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil.
A medida, segundo o governo, representará um potencial de atendimento inicial a 120 mil novas famílias.
Na prática
Por exemplo, se considerarmos um imóvel de R$ 500 mil, financiado no prazo de 360 meses, que são 30 anos:
Para R$ 200 mil de empréstimo nos bancos, valor total pago em um imóvel cairia de R$ 603 mil, para R$ 576 mil com o novo Minha Casa Minha Vida, uma economia de R$ 27 mil ao longo do contrato.
Ao mesmo tempo, as prestações também seriam menores. A primeira parcela seria reduzida de R$ 2.544 para R$ 2.394 e, a última, cairia de R$ 585 para R$ 555.
De acordo com a especialista em financiamento imobiliário, Daniele Akamine, Estima-se que a cada 1 ponto percentual de redução na taxa de juros, cerca de 250 mil famílias brasileiras se tornam elegíveis ao financiamento habitacional.
Fonte: G1