A análise de solo é fundamental para garantir boas colheitas. O procedimento permite que os agricultores conheçam as condições químicas e físicas da terra, possibilitando o uso correto de fertilizantes e corretivos.
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Como realizar uma coleta eficiente
Para garantir que a análise seja precisa, a coleta deve ser representativa da área cultivada. Isso significa que deve ser feita em diversos pontos do terreno, evitando contaminação com matéria orgânica ou outros resíduos. O pesquisador orienta que a amostra seja coletada após a colheita ou pelo menos dois meses antes do plantio.
Em culturas perenes, como pastagens, a análise deve ser realizada cerca de 60 dias antes da época de crescimento mais intenso, geralmente no verão. Jonas Ramon, pesquisador da Epagri, destaca que para uma amostra confiável é necessário coletar entre dez e vinte subamostras e misturá-las antes do envio ao laboratório.
Profundidade e subdivisão da área
Outro ponto importante é a profundidade da amostragem. Em sistemas convencionais e hortas, a coleta deve ser feita de zero a 20 cm. Já em plantios diretos consolidados ou pastagens perenes, a amostragem deve ser entre zero e dez cm, pois 90% das raízes estão nessa camada superficial.
Além disso, o pesquisador reforça que a área deve ser dividida conforme as características do solo. Regiões de encosta, topo de morro e áreas de várzea exigem coletas separadas para uma análise mais precisa.
Identificação da amostra e laudo
Após a coleta, é essencial identificar corretamente a amostra com informações como nome do produtor, localidade, profundidade da coleta e tipo de cultivo. O laudo da análise, geralmente disponível entre sete e dez dias, deve ser interpretado por um profissional habilitado, como um técnico agrícola ou engenheiro agrônomo.
Com os dados em mãos, é possível aplicar corretivos e fertilizantes de forma adequada, garantindo melhor aproveitamento dos nutrientes e maior produtividade. Para mais informações sobre a análise de solo, os produtores podem procurar a Epagri ou um profissional especializado.
Ouça a reportagem de Josué Eger na íntegra: