Esperidião Amin, senador eleito pelo PP em Santa Catarina, confirmou na manhã desta sexta-feira que é pré-candidato à presidência do Senado. O nome do parlamentar já era ventilado para compôr a disputa desde o fim do ano passado. Até agora, Amin tem ao menos seis oponentes, também cotados ou já confirmados pré-candidatos.
Entre eles o recém anunciado pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, Major Olímpio. O senador viria como alternativa a Renan Calheiros (MDB-AL), que se vencer essa eleição comandaria a Casa pela quinta vez. Outros parlamentares que também rondam a principal cadeira do plenário são Davi Alcolumbre (DEM-AP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Simone Tebet (MDB-MS), que seria uma alternativa a Renan.
— Vou me deslocar para Brasília pelo dia 20 na busca de entendimentos finais. Não vai haver nenhuma alteração no quadro até o começo da segunda quinzena desse mês. Os nomes estão postos, mas acho que o bom senso vai determinar que haja um estreitamento desse número no primeiro turno — analisa Amin.
O senador catarinense contou que a pré-candidatura teria tido boa receptividade e que não percebeu sinais de rejeição. No entanto, Amin pondera que existem interesses pessoais, partidários e políticos em torno da eleição e que ainda é cedo para avaliar outros desdobramentos. Questionado se algum parlamentar já havia sinalizado intenção de voto, Amin brincou que sobre isso não comenta nem com a esposa, Angela Amin, deputada federal eleita também pelo PP.
Também eleito por Santa Catarina, o senador Jorginho Mello (PR), acredita que ainda é cedo para falar sobre a eleição. Se recuperando de uma cirurgia do braço, Jorginho espera estar em Brasilia em fevereiro. Questionado se já tinha candidato, afirmou que, se Amin estiver na disputa, "certamente apoiaria" o conterrâneo.
— Tem ainda essa questão do voto aberto e voto fechado que ainda não foi decidido. Ouvi sobre algumas candidaturas, Renan, Major Olímpio, Davi e a Simone, mas acho que não tem nada decidido — ponderou.
Por nota, o senador Dário Berger (MDB) afirmou que o quadro ainda está indefinido e que, por ser a maior bancada do Senado, o MDB tem o direito de apresentar um nome para disputar a presidência da Casa.
— Com certeza o partido terá um representante no pleito, podendo ser qualquer um dos treze senadores. Aquele que vencer na bancada será o candidato da sigla — escreveu.
SC só teve um senador na presidência do Senado até hoje
Esperidião Amin é o primeiro catarinense cotado para ocupar a presidência do Senado desde 2015. Naquele ano, Luiz Henrique da Silveira (MDB) foi candidato. Se eleito, Amin será o primeiro parlamentar de SC eleito presidente do Senado num intervalo de 74 anos. O primeiro, e até hoje único, senador eleito por SC que presidiu o Senado foi Nereu Ramos, entre 1946 e 1951.
Em 2015, ano em que morreu, o ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB) era um dos candidatos, mas acabou derrotado por Renan Calheiros (MDB). Amin, que acumula no currículo passagem pelo governo do Estado e prefeito da Capital, volta para o Senado após oito anos na Câmara dos Deputados.
Por Larissa Neumann
NSC Total