Depois de reuniões com os órgãos patronais que terminaram sem consenso, agentes penitenciários e socioeducativos e servidores do Poder Judiciário param as atividades a partir de hoje. A mobilização total dos funcionários da Justiça afetará os serviços básicos nos cartórios e fóruns de todas as comarcas. Entre os agentes prisionais a paralisação será parcial, com a suspensão dos plantões extras nas prisões.
No Judiciário, uma reunião ocorreu ontem para tentar evitar a greve. O Tribunal de Justiça apresentou uma contraproposta, mas não avançou no principal ponto de impasse. O sindicato da categoria queria que o projeto do Novo Plano de Cargos e Salários fosse encaminhado à Assembleia Legislativa em no máximo 30 dias, mas o TJ manteve a posição de enviar o texto à presidência da Casa até 29 de maio, para só então a proposta ir às comissões.
Já entre os agentes, a negociação com o governo também teve avanços quanto às reivindicações, mas assim como no Judiciário, uma das principais questões ficou de fora. O sindicato dos trabalhadores defende o pagamento dos reajustes em três parcelas semestrais começando ainda neste ano, mas o governo propõe oito parcelas semestrais, com início em maio de 2016. Os agentes vão reduzir as atividades até quarta, quando uma assembleia geral decide sobre a paralisação.
Diário Catarinense