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Secretário estadual cobra mais estrutura nas defesas civis municipais

Simulado revela falhas em alertas e interdições de vias. Problemas no sistema de alertas preocupam autoridades e expõem riscos à população.

Secretário estadual cobra mais estrutura nas defesas civis municipais Secretário estadual cobra mais estrutura nas defesas civis municipais - Foto: Divulgação/SPDCSC

O secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, fez um alerta direto aos prefeitos catarinenses após o simulado estadual de desastres. O exercício revelou falhas operacionais, especialmente na emissão de alertas via Cell Broadcast, sistema que envia mensagens de emergência para celulares conectados em redes 4G ou 5G.

“O Cell Broadcast não pode falhar numa situação real. No simulado, não havia risco, mas numa emergência, a mensagem precisa chegar à comunidade”, afirmou o secretário.

Segundo Hildebrandt, a falha envolveu operadoras de telefonia em alguns municípios. A preocupação se intensifica com a proximidade de eventos climáticos severos e a dependência de alertas rápidos para evacuações e medidas de proteção.

Apelo aos prefeitos: defesas civis precisam estar preparadas

O secretário também criticou a falta de preparo técnico de muitos coordenadores municipais de defesa civil e fez um apelo para que as prefeituras estruturem corretamente seus sistemas locais.

“Não é problema estar em cargo comissionado, o que precisa é comprometimento e conhecimento. O prefeito, em uma crise, dependerá do seu gestor de defesa civil para tomar decisões que salvam vidas”, declarou.

Atualmente, 203 dos 295 municípios de Santa Catarina trocaram os responsáveis pela área após a última eleição. Diante disso, a Defesa Civil estadual intensificou a realização de seminários regionais de capacitação, voltados especialmente a novos coordenadores e técnicos.

Classificação de vias interditadas é outro gargalo

O simulado também evidenciou dificuldades na classificação adequada de ruas interditadas durante emergências. Isso compromete a liberação de acessos estratégicos e o envio de ajuda humanitária.

“Precisamos saber se a rua é municipal ou arterial. Se a via estiver bloqueada e for essencial para socorro, essa informação tem que chegar para a Defesa Civil”, destacou Hildebrandt.

A equipe técnica estadual está produzindo relatórios detalhados com base no exercício. A meta é ampliar a adesão dos 295 municípios catarinenses ao próximo simulado, garantindo maior preparo e resposta mais eficiente em futuras ocorrências.

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