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Receita Federal apreende 21 toneladas de produtos falsificados em terminal portuário de Navegantes

Receita Federal apreende 21 toneladas de produtos falsificados em terminal portuário de Navegantes Apreensão das mercadorias falsificadas foi feita na manhã desta quarta-feira (Foto: Marcos Porto / Agencia RBS)

Carga vinda da China continha óculos de sol, camisetas, bonés e etiquetas de diversas marcas

Vinte e uma toneladas de produtos falsificados foram apreendidas pela Receita Federal na manhã desta quarta-feira no terminal da Portonave, em Navegantes. As mercadorias vieram da China e pertencem a um importador da região. Entre os itens retidos estão óculos de sol, camisetas, bonés, equipamentos de impressão e etiquetas de marcas como Ray Ban, Oakley, Gucci, Diesel, Lacoste e a nacional Dudalina. A carga havia sido declarada como granito para revestimentos e está avaliada em R$ 3 milhões.

A irregularidade foi percebida na terça-feira pela fiscalização do Ministério da Agricultura. Os profissionais estavam fazendo uma vistoria nos pallets usados para apoiar os produtos, quando descobriram as mercadorias contrafeitas. Ao todo, 510 caixas estavam dentro do contêiner de 40 pés, que chegou no terminal no início do mês.

O inspetor-chefe da Receita Federal em Itajaí, Luiz Gustavo Robetti, explica que é possível identificar a falsificação pela forma como os itens estão embalados, por exemplo.

— Notamos que essa carga veio com embalagens de qualidade e até mesmo certificado de garantia do produto. No entanto, os relógios estão todos dentro dessas caixas. Um importador que traz produtos originais não utilizaria esse tipo de armazenagem — afirma.

O contêiner saiu da China e veio direito para o terminal da Portonave. A suspeita da Receita é que as mercadorias seriam vendidas na região em centros de compras populares. Conforme o inspetor, a carga poderia ter passado despercebida pela fiscalização, em função do tipo de declaração de importação que foi feita.

— Ela não tinha as características que geralmente chamariam a atenção. Infelizmente conseguimos fiscalizar apenas 5% das cargas que passam pelo porto — diz.

Chama atenção entre os itens apreendidos etiquetas da marca Dudalina. O inspetor da Receita Federal pressupõe que este tipo de material seria utilizado para produção de mercadorias falsificadas na região. Segundo ele, em outras apreensões também foram encontrados botões e etiquetas de marcas.

— Alguns trazem esses insumos para produzir aqui e também por ser um transporte mais barato — comenta.

Depois da carga ser contabilizada, Robetti afirma que será apurada a responsabilidade do importador pela irregularidade. A Receita poderá fazer ainda uma representação ao Ministério Público Federal (MPF). Nesse caso, a empresa vai responder por falsa declaração de importação, falsificação e contrafação. Após término do processo, a mercadoria será encaminhada para destruição.

O Sol Diário 

 

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